Uma operação da Polícia Civil, por meio da Divisão Especializada de Furto e Roubo de Veículos, resultou na prisão de quatro suspeitos envolvidos em uma organização criminosa que vendia peças roubadas de veículos.
A ação ocorreu na manhã desta terça-feira (10), quando foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, sendo quatro em residências e quatro em ferros-velhos, cujos proprietários estariam envolvidos na comercialização de diversas peças de veículos automotores.
A ação batizada de “Operação Sarcina” desarticulou a quadrilha especializada em peças com restrição de furto e roubo e com sinais característicos adulterados.
De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, em um dos ferros-velhos foram encontrados itens de segurança proibidos para venda.
“Foi um ano de investigação para chegar a essas pessoas; são empresas legalizadas que trabalhavam de forma desonesta. Combatemos o crime de receptação que inibe o crime de furto; só no ano passado o Espírito Santo reduziu esses crimes em 12% ao passo que o Brasil aumentou 20%. Nesta operação muito bem organizada pela Delegacia de Furtos e Robos de Veículos, recuperamos peças e efetuamos quatro prisões”, disse o delegado.
Combinado com assaltantes
O titular da Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos, delegado Luiz Gustavo Ximenes, explicou que um conjunto de informações obtidas pelo serviço de inteligência da Polícia Civil, em parceria com o Ministério Público e o Poder Judiciário, foram suficientes para dar início às investigações contra a organização criminosa que burlava o sistema para vender as peças roubadas.
Gostou da matéria? 💬
Junte-se ao nosso grupo no WhatsApp e receba notícias exclusivas diretamente no seu celular!
👉 Entrar no Grupo“As empresas eram regularizadas mas vendiam kits com peças irregulares misturadas com as peças regulares. Os donos de ferros velhos combinavam os roubos com os criminosos especificando o tipo de veículo que queriam. Em seguida, os carros eram cortados e as peças embaladas em pacotes e colocadas no mercado para circulação com valores bem abaixo do que valiam. Uma peça que custa R$ 20 mil, por exemplo, era vendida por cerca de R$ 2 mil”, relatou Ximenes.
Durante a operação, os policiais chegaram a pegar um carro no momento em que estava sendo cortado e encontraram um aparelho que faz o corte do sinal do rastreador. Esse aparelho conhecido como “capetinha”, serve para bloquear sinais de celular, de GPS, e de carros que possuem rastreadores.
” O receptador do roubo é quem fomenta o crime pois faz a encomenda e vendia para pessoas que muitas vezes compravam de boa fé. A fiscalização sempre foi feita em ferros-velhos clandestinos mas desta vez foi para coibir as empresas que têm autorização para funcionar, mas que agrupavam peças lícitas com as ilícitas”, disse o delegado.