Após a revelação da cantora Anitta de que sofre de endometriose há mais de dez anos, a doença despertou a curiosidade de muitas pessoas.
Mas ela é apenas mais uma entre as 6,5 milhões de brasileiras que sofrem com a doença. Os números foram apontados em um levantamento eito em 2020 pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). No mundo, são 176 milhões de casos.
Ao se manifestar em uma rede social, a artista disse querer que mais pessoas falem sobre o tema e que mulheres recebam o apoio necessário.
“[Que] Mulheres que precisam da saúde pública possam ter mais recursos e melhorias de vida. E também para que as mulheres que trabalham tenham direitos no sentido de não serem obrigadas a trabalhar em condições de tremenda dor simplesmente pelo fato de que a doença não é entendida”, escreveu.
Dores fortes em cólica no período menstrual (dismenorreia), até mesmo com dores incapacitantes, são alguns dos sintomas mais comuns. Também são comuns dores nas relações sexuais (dispareunia).
Os especialistas dizem que a endometriose pode levar a quadros de infertilidade feminina. A mulher não consegue engravidar porque, quando ela tem endometriose profunda no compartimento posterior do útero, leva a fatores peritoneais que provocam uma falha de implantação do embrião no endométrio.
Uma parte do tratamento envolve o bloqueio hormonal dos ovários, fazendo com que a mulher pare de menstruar. Se a doença estiver muito avançada, o tratamento é inicialmente cirúrgico e depois hormonal.
“Pesquisem, galera. A endometriose é muito comum entre as mulheres. Tem vários efeitos colaterais, em cada corpo de um jeito. Podem se estender até a bexiga e causar dores terríveis ao urinar. Existem vários tratamentos. O meu terá que ser cirurgia”, aconselhou Anitta no Twitter.
SAIBA MAIS
– A endometriose é uma lesão plana. Os exames para o diagnóstico são ultrassom transvaginal com preparo intestinal ou ressonância magnética.
Fonte: Agência Brasil