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Entrevista com Dona Maria Rezadeira: não posso negar uma reza a ninguém

Alessandro-29-09
Alessandro Araujo de Paula

Quem te ensinou a rezar?

Nunca me ensinaram a rezar. Minha avó era rezadeira. Eu a vi rezando. Eu era solteira, me casei e comecei a rezar. Sei que minha irmã rezava espinhela caída. Depois ela parou. Eu rezo tudo, espinhela, vento no olho, dor de dente, dor de cabeça.

 

Acha que é um dom?

Só sei que é assim. Eu sei rezar. Se você quiser pegar para rezar, eu passo isso para você. Mas depois a minha reza não vale nada. Porém, não sei se alguém passou para mim.

 

Começou com quantos anos?

Não me lembro. Foi logo depois que me casei. Mas se perguntar quem foi a primeira pessoa que rezei, não me recordo. Comecei a rezar no bairro Zumbi. Antes, meu apelido era Dola. Depois passei a ser conhecida como Maria Rezadeira.

 

Como faz para rezar durante a pandemia?

Eu estou rezando de longe, pois tenho 70 anos, cuido de dois bisnetos. Minha neta, mãe das crianças, não quer. Faço oração e as pessoas são curadas. Criança, adulto.

 

A senhora recebe algum dinheiro para rezar?

Não. Sou aposentada e continuo trabalhando. São 36 anos como doméstica. Lavo, passo e cozinho.

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Qual horário a senhora reza?

Rezo mais à noite, antes de me deitar. Eu anoto tudo num caderno os motivos de oração. Emprego, criança, loja. Muita gente doente. Já fui muito em hospital rezar, hoje não vou mais devido à pandemia.

 

A senhora tem alguma religião?

Eu sou católica, devota de Nossa Senhora de Aparecida. Já me chamaram de macumbeira. Já me importei, mas hoje não ligo mais.

 

Pensa em parar algum dia?

Não posso negar uma reza a ninguém. Uma vez parei de rezar porque tinham me chamado de macumbeira. Comecei a passar muito mal. Aí, chegou uma mulher na porta me pedindo para orar o pai dela. Eu estava com muita febre, mas fui. O homem estava arriado no chão, com dor de coluna. Rezei. Passou um tempo, ele se levantou e foi trabalhar. E eu também melhorei.

 

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