O governo do Espírito Santo deu um passo decisivo para fortalecer a proteção da população contra desastres climáticos. Nesta terça-feira (17), o governador Renato Casagrande, assinou a contratação do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) para aprimorar o monitoramento meteorológico.
A assinatura ocorreu na sede do Cepdec, em Vitória. O objetivo da contratação é capacitar a rede de monitoramento meteorológico capixaba para operar no sistema Nowcasting, uma plataforma que permite a previsão de tempo em curtíssimo prazo, ou seja, em até 2 horas, de modo que o Estado seja capaz de prever eventos meteorológicos extremos.
Com isso, poderá emitir alertas em tempo hábil, orientando a preparação e evacuação de áreas de risco, e desta forma, proteger e poupar vidas. O sistema vai operar em conjunto com as demais ferramentas utilizadas pela Defesa Civil Estadual, incluindo o Defesa Civil Alerta, implantado no dia 4 em todos os Estados do Sul e Sudeste.
“Queremos fortalecer a rede de profissionais para monitorar todos os eventos climáticos, ampliando a capacidade de nossas estações meteorológicas. Também faremos um plano para melhorar o acompanhamento de qualquer mudança climática. Teremos mais sete meteorologistas para nos ajudar nesse importante trabalho que está inserido no nosso Plano de Adaptação Climática. É um conjunto de ações dentro do Programa de Mudanças Climáticas para que possamos mitigar os impactos das mudanças climáticas e ter tempo e capacidade de resposta”, pontuou o governador.
O Simepar é um órgão criado por lei pelo Governo do Paraná e suas atividades são dirigidas à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico e à prestação de serviços nas áreas de meteorologia, hidrologia e meio ambiente. Ao Espírito Santo, o órgão prestará consultoria no planejamento, desenvolvimento, aquisições, disponibilização de dados e sistemas, implantação de serviço de plantão meteorológico 24h, recondicionamento da rede de estações de superfície e apoio na ampliação nessa rede, dentre outras importantes contribuições.
“Este projeto visa alcançar a excelência na capacidade de previsão e monitoramento meteorológico e hidrológico focada na gestão de riscos e desastres, em continuidade ao trabalho de aprimoramento da Defesa Civil Estadual, um tema tratado pessoalmente pelo Governador Renato Casagrande e de extrema relevância, considerando o momento de mudanças climáticas que o mundo vive. A proposta é que o Estado possa prever eventos meteorológicos extremos, alertar a população e adotar as medidas necessárias para proteger vidas”, afirmou o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo (CBMES), coronel Alexandre Cerqueira.
Ainda nesta terça-feira, o comandante-geral do Corpo de Bombeiros e o coordenador Estadual de Proteção e Defesa Civil, coronel Scharlyston Paiva, apresentaram ao governador a atualização do Plano Estadual de Proteção e Defesa Civil (Pepdec) uma atualização necessária diante da realidade de mudanças climáticas e eventos meteorológicos cada vez mais extremos. O Pepdec e suas atualizações estão previstas na Lei Complementar Nº 1.075/2024 e no Decreto Nº 5696-R/2024 e fazem parte da Política Nacional de Proteção e Defesa civil instituída pela Lei Federal N 12.608/2012.
O Plano Estadual de Proteção e Defesa Civil (Pepdec) é uma estratégia governamental para proteger a população e promover a integração tanto do poder público quanto das instituições privadas nos eixos da gestão de riscos e de desastres. O objetivo do plano é reduzir danos e perdas materiais, proteger a vida e promover a resiliência das comunidades. A atualização inclui novas instituições públicas e privadas no Sistema Estadual de Proteção e Defesa Civil (Siepdec), que poderão atuar conjuntamente em caso de desastres climáticos.
“Isso é o Espírito Santo se preparando para proteger e preservar vidas, porque os eventos climáticos vão ocorrer com cada vez mais frequência e intensidade, e temos que estar prontos para eles. A atuação da Defesa Civil Estadual é essencial para garantir que as diretrizes do plano sejam seguidas e que as atualizações necessárias sejam implementadas anualmente. A participação ativa de órgãos governamentais e organizações da sociedade civil é crucial para o sucesso das ações de proteção e defesa civil”, afirmou o coronel Paiva.