Israel foi bombardeado por mísseis lançados pelo grupo palestino na manhã deste sábado (7). O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que o país está “em guerra” após o ataque surpresa do Hamas.
“Cidadãos de Israel, estamos em guerra – não numa operação, não em rondas – em guerra”, disse Netanyahu numa mensagem de vídeo.
O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, sustentou a posição de Netanyahu e disse que Israel “vencerá esta guerra” contra o Hamas, horas depois de o grupo lançar foguetes e enviar soldados para o território israelense.
“O Hamas cometeu um grave erro esta manhã e lançou uma guerra contra o Estado de Israel. As tropas das FDI [Forças de Defesa de Israel] estão lutando contra o inimigo em todos os locais. Apelo a todos os cidadãos de Israel para que sigam as instruções de segurança. O Estado de Israel vencerá esta guerra.”
Confira na íntegra o discurso de Benjamin Netanyahu
“Cidadãos de Israel, estamos em guerra, não numa operação ou em rondas, mas em guerra. Esta manhã, o Hamas lançou um ataque surpresa assassino contra o Estado de Israel e os seus cidadãos. Estamos nisto desde as primeiras horas da manhã.
Convoquei os chefes do sistema de segurança e ordenei – em primeiro lugar – a evacuação das comunidades que foram infiltradas por terroristas. Isso está sendo feito atualmente.
Ao mesmo tempo, ordenei uma ampla mobilização de reservas e que respondemos ao ataque de uma maneira que o inimigo não conhecia. O inimigo pagará um preço sem precedentes.
Enquanto isso, apelo aos cidadãos de Israel para que cumpram estritamente as diretrizes das Forças de Defesa de Israel e do Comando da Frente Interna. Estamos em guerra e vamos vencer.”
Israel lança operação “Espadas de Ferro”
As Forças de Defesa de Israel lançaram a Operação “Espadas de Ferro” contra o Hamas após o ataque surpresa do grupo militante na manhã deste sábado, de acordo com um porta-voz das FDI.
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O comandante militar do Hamas, Muhammad Al-Deif, disse que o grupo estava lançando uma operação chamada “Tempestade Al-Aqsa” visando “posições inimigas, aeroportos e posições militares”.
Muhammad Al-Deif disse que o ataque a Israel foi uma resposta aos ataques às mulheres, à profanação da mesquita de al-Aqsa e ao cerco a Gaza. O Hamas afirma ter disparado 5.000 mísseis contra Israel.
O chefe do grupo apelou aos povos árabes e islâmicos para que viessem à “libertação de al-Aqsa”, a mesquita em Jerusalém.
Pelo menos 100 pessoas ficaram feridas em Israel nos ataques, segundo dados de dois hospitais.
Pelo menos 80 pessoas com vários graus de ferimentos foram transferidas para o Soroka Medical Center, um importante centro médico na cidade de Be’er Sheva, no sul de Israel, informou o hospital em comunicado.
O Centro Médico Kaplan em Rehovot, uma cidade no centro de Israel, disse que está tratando pelo menos 21 pessoas feridas, incluindo duas em estado grave, quatro em estado moderado e 15 com ferimentos leves.
Alguns dos feridos sofreram ferimentos de bala. Outros foram feridos por estilhaços, disse o Centro Médico Kaplan.
Com informações da CNN