Fretistas que fazem ponto na Avenida Beira Rio, em Cachoeiro de Itapemirim, cobram uma solução para que eles possam continuar a trabalhar no Centro da cidade. O assunto foi debatido nesta sexta-feira (1º) pela Comissão de Acessibilidade e Mobilidade Urbana da Câmara de Cachoeiro, presidida pelo vereador Delandi Macedo.
Representante dos motoristas de frete, Romildo Batista de Oliveira afirmou que, a partir da reunião desta sexta-feira, os caminhoneiros já pensam num local alternativo, próximo à Rua 13 de Maio, na Linha Vermelha, nas imediações de onde seria implantado o restaurante popular.
“Vamos ver se é possível. Precisamos trabalhar e ali é próximo ao centro”, afirmou Romildo.
Rotativo
Os fretistas já haviam usado a tribuna da Câmara na sessão da última terça-feira (29). Eles afirmaram estar dispostos a pagar pela utilização do espaço, mas foram informados que isso não seria mais possível a partir da efetivação do estacionamento rotativo.
“Trabalhamos pela legalidade. O estacionamento rotativo vai garantir que o espaço público seja usado de forma democrática. Ele não pode ser privatizado e um setor não pode ser priorizado em detrimento do outro. É exatamente isso que o rotativo vai disciplinar, já que vai determinar um tempo máximo de permanência. Não há como relativizar”, disse Jonei Santos Petri, secretário municipal de Desenvolvimento Urbano.
Ele esclareceu sobre a necessidade de retirada dos caminhoneiros do espaço em função do reordenamento a partir da implantação do rotativo.
O vereador Delandi Macedo destacou a importância da construção de uma alternativa que contemple os interesses e necessidades dos frentistas, que são chefes de família, mas dentro da legalidade.
“Nosso trabalho sempre será no sentido de priorizar os trabalhadores, mas sem prejudicar o ordenamento do espaço urbano. Saímos daqui hoje com o compromisso de acompanhá-los para ver outros locais que eles entendam como viáveis. Tanto a Câmara como a prefeitura querem o melhor para todos”, afirmou Macedo.
A vereadora Renata Fiório, que já havia convidado os fretistas para usarem a tribuna na sessão de terça-feira, ressaltou a importância da discussão, ratificando que o espaço público não pode ser usado de forma privada, mas que uma solução precisa ser encontrada.
“Essa Comissão acompanhará de perto esses trabalhadores e juntos encontraremos a melhor solução”, afirmou a parlamentar, que é suplente no colegiado.