O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco-Sul) do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) e a Promotoria de Justiça de Guaçuí realizam nesta sexta-feira (6) uma operação que visa desarticular uma associação criminosa suspeita de atuar fraudulentamente na constituição e alteração do quadro societário de empresas privadas.
O valor da fraude investigada ultrapassa os R$ 2 milhões, segundo informou o coordenador do Gaeco-Sul, promotor Luiz Agostinho Abreu da Fonseca.
Batizada de Laranjeira, a operação cumpriu nove mandados de busca e apreensão nas residências e endereços comerciais e de trabalho dos investigados no Espírito Santo e no Rio de Janeiro, emitidos pela 2ª Vara da Justiça Estadual de Guaçuí.
Os agentes cumpriram mandados em Guaçuí, Alegre, Brejetuba, no Espírito Santo, e em Itaperuna, no estado do Rio.
Uma pessoa foi presa em flagrante durante o cumprimento dos mandados portando arma de fogo e levada para a Delegacia de Polícia de Brejetuba.
Fraude
Investigações do Gaeco apontaram que proprietários e funcionários de escritórios de contabilidade transferiam a titularidade ou a propriedade de empresas, com alteração no quadro societário, usando “laranjas”, que passavam a figurar como sócios.
O objetivo era permitir que os donos anteriores das empresas se livrassem de eventuais dívidas, fiscais ou não. Com isso, essas cobranças eram transferidas para os tais “laranjas” que os sucederam, ficando sujeitas aos débitos e a negativações de crédito.
“A avaliação é positiva, sendo encontrados os materiais que eram procurados, documentos e, principalmente, por temos sucesso na integração dos Ministérios Públicos capixaba e fluminense”, destacou o promotor Luiz Agostinho.
Participam da operação cinco promotores de Justiça do Gaeco e um do Ministério Público do Rio de Janeiro, bem como 18 policiais militares do Núcleo de Inteligência da Assessoria Militar do MPES e seis do Grupo de Apoio da Polícia Militar do Rio (GAP/RJ).