Uma ação do Ibama, denominada Operação Albatroz, foi iniciada na manhã desta terça-feira (4) no Terminal Pesqueiro de Itaipava, em Itapemirim.
As informações são de que o órgão está averiguando a situação de todas as embarcações, bem como a documentação pessoal dos pescadores. A ação conta com o apoio da Polícia Militar Ambiental e da Polícia Federal.
A informação extraodicial é de que diante de irregularidades, os pescadores são notificados e recebem prazo para sanar os problemas encontrados.
Ulysses Vieira Raposo, presidente da Associação de Pescadores e Armadores da Pesca de Itaipava (Apedi), reclama do fato dos pescadores estarem sendo impedidos de entrar no terminal, que é público.
“Queremos deixar nossa denúncia aqui. Isto é inconstitucional. O direito de ir e vir é garantido pela Constituição Federal. Com abuso de autoridade estão impedindo os pescadores de chegarem até os barcos”.
Ulysses entende que o Ibama deveria ter um mandado judicial e diz compartilhar da indignação dos demais pescadores.
Enfatiza que a categoria tem sido massacrada com várias leis que não condizem com a realidade do setor pesqueiro, mas faz questão de ressaltar que não é contra a fiscalização, mas contra a forma de abordagem e o impedimento de irem até os barcos.
“O setor pesqueiro é baseado em três fundamentos: ambiental, econômico e social. Mas eles tiram a sustentabilidade quando se preocupam apenas com o ambiental, se esquecendo dos outros pontos e prejudicando os pescadores. É uma situação muito ruim”, frisa.
Ulysses Raposo destaca ainda que a impressão é de que os fiscais do Ibama foram ao local lidar com bandidos. “Pescador não é bandido. Estamos nos sentindo acuados”, ratifica.
Até o momento da publicação, a Operação Albatroz ainda estava sendo realizada. O Ibama foi demandado, mas ainda não respondeu à nossa reportagem. Tão logo se manifestem a matéria será atualizada.