Foto: Diocese de Cachoeiro
A Igreja Matriz de Muqui foi interditada nesta sexta (21) pela Paróquia São João Batista após análise de uma laudo técnico apresentado por especialistas nesta semana. A informação foi divulgada pelo próprio templo religioso, na noite desta quinta-feira (20) nas redes sociais.
“A ação se faz necessária mediante o laudo técnico apresentado por uma arquiteta e um engenheiro civil, que realizaram vistorias e apontaram comprometimentos causados por agentes naturais nas estruturas que sustentam o teto da Igreja Matriz”, aponta a nota.
Em entrevista à Rádio Diocesana, o pároco local, padre Enildo Genésio de Souza, informou que o teto da Igreja está em condições precárias, parte da madeira que sustenta o telhado foi consumida por cupins. Algumas paredes também apresentam infiltrações e rachaduras. O presbítero afirmou que a interdição é preventiva.
“Assim que tivemos acesso ao laudo, imediatamente, comunicamos todos os órgãos competentes para que tenham ciência desta situação. Também, reunimos com o Conselho Pastoral Paroquial (CPP) e com o Conselho Econômico Paroquial (CEP) e tomamos a decisão: a partir de hoje (sexta-feira, 21 de março), a igreja está interditada”, afirmou.
Agora a equipe paroquial migrou as atividades da Matriz para o Salão Paroquial e, com o laudo, tomaram algumas medidas. “Com o objetivo de buscarmos recursos emergenciais, já fizemos contato com a Secretaria da Cultura do Governo do Espírito Santo (Secult), para realizarmos os reparos necessários. A Igreja São João Batista não é tombada, mas possui interesse histórico e está dentro de um sítio histórico”, explicou o presbítero.
A igreja está localizada bem no Centro da cidade e faz parte do Sítio Histórico e Paisagístico de Muqui, município do Sul do Estado, considerado um dos maiores do Estado.
De arquitetura eclética, internamente o templo é belíssimo: a capela-mor ostenta pinturas do italiano Giuseppe Irlandi, os altares foram construídos em mármore carrara e os vitrais, que foram doados pelas famílias abastadas da cidade, completam a magnitude do templo.
A pintura que se refere à “Decaptação de São João Batista”, na lateral superior do altar-mor, é cópia da mesma cena a óleo de autoria de Giambattista Tiepolo, datada de 1732-33, que se encontra na Capela Colleoni, em Bérgamo, Itália. A pintura lateral esquerda inferior que expressa “João repreende Herodes” é cópia de Giovanni Fattori (1825-1908) e encontra-se em Florença, na Galleria dell’ Accademia, portanto deve ser um quadro em moldura. Por fim, a principal cena central do altar, “O Batismo de Jesus”, é cópia de uma pintura a óleo sobre cobre de 1750, de Corrado Giaquinto, nascido em Molfetta em 1703, falecido em Nápoles em 1766, cuja escola era um misto da pintura italiana, francesa e espanhola do séc. XVIII, e encontra-se na 2ª. Capela lateral esquerda da Igreja de Santa Maria dell’ Ortto, igualmente consagrada a São João Batista, em Roma, na Itália.
A imagem do Divino Espírito Santo, suspensa no teto da cúpula da capela–mor em gesso é também de autoria do arquiteto russo, Waldemir Bogdanoff, especialista em edificações de tetos pesados e modelador, como também o da Matriz de Santa Rita de Cássia, na Praia do Canto. Um grande sino foi instalado em setembro de 1951. Os vitrais foram fabricados parte em São Paulo (11) e no Rio de Janeiro (4) e doados à igreja por famílias muquienses. A matriz é a 3° igreja erguida em Muqui, sendo que as construções foram sobrepostas.
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