O Tribunal do Júri da Segunda Vara da Comarca de Mimoso do Sul condenou, há 30 anos de prisão, o homem que atacou com uma faca um casal que tomava cerveja em um quiosque, em agosto de 2022. A sentença foi proferida na tarde desta quinta-feira, (19) pela juíza Lara Carrera Arrabal Klein.
De acordo com a sentença da juíza, o acusado Marciano Xavier da Silva atacou em via pública o casal Luiz Carlos dos Santos Lima e Maria Aparecida Alves da Silva, ex-mulher de Marciano, sem que as vítimas esperassem a agressão.
Eles estavam em momento de lazer em um quiosque na Praça das Mangueiras, em Mimoso do Sul, e foram surpreendidos pelo acusado que esfaqueou Luiz na cabeça e na barriga.
A juíza determinou a prisão por tentativa de homicídio e afirmou que o motivo pelo qual o acusado praticou o crime é vil e desproporcional uma vez que tentou matar a vítima por não aceitar o término do relacionamento.
Na ocasião do crime, Luiz foi levado para o Hospital Apóstolo Pedro, porém, em função da gravidade dos ferimentos, foi transferido para a Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro de Itapemirim. Ele perdeu o rim esquerdo e parte do intestino grosso.
O acusado também foi condenado a pagar os valores de 5 salários mínimos para Maria Aparecida e 10 salários mínimos para Luiz Carlos, como reparação para os danos causados.
Luiz compareceu ao Fórum de Mimoso e comentou o resultado do julgamento. “Graças a Deus saímos vitoriosos apesar do que sofri nesse ataque”, disse a vítima.
Maria Aparecida não foi ferida, mas afirma que foi agredida várias vezes quando era companheira de Marciano. Ela também foi ouvida pela Polícia Civil e relatou que estava tomando cerveja com seu atual marido, quando seu ex, que não aceitava o fim do relacionamento, apareceu no local com uma faca nas mãos.
De acordo com a mulher, o homem queria esfaqueá-la, mas seu atual marido teria entrado na frente e acabou sendo ferido gravemente mesmo depois de cair no chão. A mulher relatou ainda que o ex-marido a ameaçou, dizendo que a mataria.
Maria Aparecida também acompanhou o julgamento e elogiou o trabalho do júri. “Foi um alívio porque agora eu vou viver porque com ele solto eu não vivia. Agora, a sensação é maravilhosa, dou nota mil para o júri.”