Ainda não será tão cedo que Cachoeiro de Itapemirim vai receber um curso de medicina. A Justiça Federal suspendeu pela segunda vez o processo de implantação do curso, após quatro anos de espera.
Essa é uma medida do Tribunal Regional Federal da 2ª Região em reposta ao recurso da Emescam contra decisão em primeira instância que beneficiou a Multivix, faculdade que ganhou a seleção aberta pelo MEC em 2014.
AEmescam afirma, no processo judicial, ter sido prejudicada por não receber pontuações durante o processo de seleção e solicita a exclusão da primeira colocada sob o argumento de que ela teria apresentado informações incorretas.
O MEC confirmou que o processo está suspenso por decisão judicial, o que impede a divulgação do resultado final da concorrência e que a implantação do curso pela vencedora do edital depende do andamento do processo no Poder Judiciário.
Já a Multivix afirma que as medidas jurídicas cabíveis para a validação da instituição continuam sendo tomadas a fim de que prevaleça o resultado proclamado pelo MEC.
Acrescenta ainda que todas as etapas do processo seletivo foram realizadas com lisura, ética, idoneidade e compromisso com o melhor, não havendo qualquer irregularidade em cada uma das etapas.
O ex-prefeito de Cachoeiro, Carlos Casteglione, que comandou o município no período em que a cidade foi selecionada pelo MEC para receber o curso, lamentou a “judicialização” do processo.
“Este novo recurso atrasa a implantação de um curso que é tão importante para a cidade”, ressaltou. O edital do MEC estabelece a criação de 2.305 vagas em 36 cidades do país. Cachoeiro foi a única escolhida do Espírito Santo.