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Moradores de Alegre relatam momentos de desespero provocados pelo temporal

redacao
Redação Dia a Dia

Os moradores do município do Alegre ainda não conseguem acreditar nos estragos que as chuvas provocaram em toda a cidade na tarde desta quarta-feira (16).

Elísio Ribeiro Albino, de 43 anos, mora no bairro Guararema, próximo à caixa d’água, conta que estava em casa com seus dois filhos, Miguel, três anos, e Ana Maria, de oito, quando um rio de lama desceu.

Elísio destaca que por volta das 17h ele estava em casa com seus dois filhos e pediu à sua cunhada para pegar seu filho na creche, e que se ela não chega a tempo, eles seriam levados pela lama.

“Estava chovendo muito e eu preocupado. Quando a gente estava comentando isso, o barreiro desceu. Fez um barulho e eu senti. Corri para o terraço e não vi nada. Quando fui para a janela e vi aquele lameiro descendo aqui na rua, peguei meus dois filhos e sai de casa, depois eu voltei, mas fui para a casa da minha cunhada”, lamenta.

Outra moradora que relata o drama que enfrentou é Edenir, que mora no bairro Prainha. A água entrou no quintal de sua casa e quase arrebentou o muro.  “Caiu um barreira em frente da casa. Tenho que agradecer que tá todo mundo com saúde. O resto Deus completa”.

O pedreiro Rubens Alves dos Reis conta que não estava em casa, pois trabalhava numa obra quando a chuva começou, mas que foi tanta água que não deu saída a tempo para ele ir para casa salvar alguma coisa.

Segundo ele, viu alguns vídeos de um barreiro descendo e ficou apavorado, preso na rua, só conseguindo chegar em casa por volta das 18h30.

“Quando cheguei vi um buraco. Uma pedra bateu e caiu dentro do quintal. E foi surpresa. Jamais iria pensar que ia descer esse lameiro. Meus amigos e irmãos estão me dando apoio para limpeza. Ficamos até 2h trabalhando”, relata.

Outra moradora, Daíse Silva Xavier, destaca que foi buscar as filhas na creche debaixo de chuva e as levou para a casa da sua mãe, quando ela avisou que a várzea estava cheia e  ela falou que iria para casa tentar salvar as coisas.

“Meu sogro não deixou eu ir até minha casa, eu não pude entrar porque sou baixinha e eu poderia morrer afogada, já que eu não sei nadar. Lá estragou tudo, subiu meio metro de água. Para entrar em minha casa, tive que esperar a água baixar”, detalha Daise.

 

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