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Mova-se luta pela garantia de direitos de pessoas com deficiência em Cachoeiro

foto perfil anete3
Anete Lacerda

O Mova-se tem lutado insistentemente para garantir mobilidade e acessibilidade a todos os portadores de deficiência que transitam, ou deveriam transitar, pelas ruas e calçadas da cidade. É uma Organização da Sociedade Civil (OSC) de Cachoeiro de Itapemirim criada em 2018 a partir do incômodo de uma mãe, a educadora parental Mônica Pitanga, que viu sua filha com uma doença genética rara sofrer bullying,

Essa luta continua, agora com a atual presidente, Bárbara Gaspari, que juntamente com a diretoria da instituição deu continuidade à luta iniciada por Mônica.

Bárbara destaca que o objetivo do trabalho é dar visibilidade às dificuldades enfrentadas pelas pessoas com deficiência no dia a dia exatamente pela falta de mobilidade e acessibilidade.

“Estamos sempre em movimento e promovendo ações para possibilitar  a inclusão de pessoas com deficiência (PCD) através da busca de políticas públicas que garantam os nossos direitos”, esclarece a presidente, que é cadeirante.

A presidente do Mova-se ressalta que a partir do trabalho da instituição as pessoas com deficiência passaram a ser vistas com outros olhos e a causa ganhou mais adeptos, empresas se mobilizaram para promover mudanças importantes, ainda que “pequenas”.

Além disso, entende que o setor público passou a conhecer mais e a dar mais atenção à causa da pessoa com deficiência. Uma das demandas que deverá ser atendida é o acesso à Câmara de Cachoeiro por um elevador, já que atualmente o local é de difícil acesso, e até excludente, para pessoas com deficiência.

“É maravilhoso ver que o nosso movimento tirou as pessoas da invisibilidade e as transformou em protagonistas da própria história, trouxe vida para todos”, comemora.

Bárbara diz ainda que a entidade também visa levar informações que despertem a empatia e o respeito e aumentem as oportunidades no mercado de trabalho e traga PCDs para a vida que todos merecem desfrutar.

 

Desafios

Mas ainda há muitos desafios a serem superados diariamente, informa a presidente. “Atualmente o foco é conseguir um espaço físico para a realização das nossas atividades. Estamos em contato com o poder público para alcançar esse objetivo”, esclarece.

Mas se as lutas são diárias, há também o que comemorar. E uma das conquistas foi o registro da marca Mova-se em 2021, conta a presidente. Outro avanço que considera importante foi a  estruturação documental do Mova-se.

“Hoje, somos uma OSC (Organização da Sociedade Civil) 100% legalizada, conforme regem as leis municipais e também do Terceiro Setor brasileiro, sem sobra de dúvidas uma grande conquista da atual gestão”, enfatiza.

Essa legalização permite à instituição captar recursos em projetos que atuem na defesa e garantia de direitos das pessoas com deficiência.

Além disso o Mova-se tem acento no Conselho Municipal da Pessoa Com Deficiência de Cachoeiro (Comdpede),e também no Conselho Municipal de Assistência Social(Comasci ), participando também da Federação do Terceiro Setor no Espírito Santo (Fundaes).

“O fato da documentação estar regularizada e de sermos membro ativo nas entidades referentes ao nosso tipo de serviço com certeza fortalece e traz credibilidade à instituição”, pontua Bárbara Gaspari.

Ela diz que foram meses de trabalho, contando com uma equipe multidisciplinar de profissionais, advogados em três estados diferentes para se chegar ao estatuto atual.

A presidente do Mova-se frisa que é sempre importante lembrar que o Terceiro Setor tem um orçamento curtíssimo e documentar uma empresa no Brasil é algo custoso.

“Por isso celebro infinitamente o fato de ter encontrado profissionais que se adequaram à nossa realidade financeira e nos auxiliaram no desafio de documentar tudo”, comemora.

 

A luta continua

Apesar da interrupção de muitas atividades físicas e presenciais por causa da pandemia do coronavírus, Bárbara enfatiza que o Mova-se segue na luta pelas pessoas com deficiência.

“A pandemia nos parou por um período, mas mesmo nessa fase iniciamos a busca de conhecimento para a estruturação como entidade do Terceiro Setor no ES”, acrescenta.

Os eventos e reuniões presenciais foram retomados, a exemplo da que aconteceu recentemente na Promotoria de Justiça de Cachoeiro.

“Essa semana discutimos com o Ministério Público a importância de garantir a saúde das pessoas com deficiência. Não é fácil, nem sempre o apoio de onde mais se espera vem, mas a nossa luta continua. Nossa missão é e sempre será a garantia de direitos dos PCD’s”, enfatiza Bárbara Gaspari.

 

Organizações que lutam por direitos são fundamentais

 

João Bosco Dias, o Bosquinho, 53 anos, teve paralisia infantil aos 11 meses e passou por 25 cirurgias. As dificuldades não o impediram de realizar conquistas. Foi vereador de Vargem Alta por três mandatos, vice-prefeito e prefeito da cidade. Atualmente é assessor especial da Casa Civil, do Governo do Estado.

Bosquinho elogia as organizações e instituições que atuam na defesa de direitos porque elas ajudam a sensibilizar o setor público.

Destaca que a atuação do Mova-se preencheu um espaço importante e tem alcançados algumas vitórias para as pessoas com deficiência.

“Estamos na luta junto com o Mova-se por um espaço físico e também para apoiar em tudo porque sabemos que ainda existe muita coisa a ser feita”, frisa Bosquinho.

Ele lembra que teve o privilégio de ter pais que trabalharam pela sua autonomia e a comunidade de Properidade que o acolheu, mas que existem muitas pessoas com deficiência que ficam restritas ao espaço doméstico por falta de acessibilidade e mobilidade.

“Eu tive muitas oportunidades, fiz faculdade e conquistei alguns espaços que muitas PCD’s nunca alcançaram. Por isso o trabalho do Mova-se é tão importante. Ele sensibiliza e abre muitas portas e estarei junto com eles para lutar por mais inclusão”, enfatiza.

Bosquinho informa que o Governo do Estado autorizou a criação de um Grupo de Trabalho(GT) entre as secretarias para avaliar os programas que possuem voltados às pessoas com deficiência para ampliar a todas o atendimento das necessidades de todos.

“Nesse GT vamos identificar gargalos e apresentar ao governador Renato Casagrande para que as politicas públicas estaduais voltadas às PCD’s possam ser melhoradas e ampliadas”, destaca.

João Bosco diz que a partir daí o objetivo é agregar organizações como o Mova-se e outras instituições e entidades de classe para fortalecer essas políticas propostas pelo GT. ” O poder público sozinho não dá conta. O Governo do Estado investe muito, mas nunca é suficient. É preciso somar esforços que permita que cheguemos mais longe”, conclui.

 

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