Conhecida como a mulher do banquinho, Luci Ezequiel, de 35 anos, ganhou essa marca por causa de sua jornada como profissional manicure e mãe solteira que carrega um banquinho de madeira pelas ruas. O bebê Artur que ia a tiracolo, agora segue de mãos dadas com a mãe, segurando o banquinho.
Sua história de luta e superação começou quando ela descobriu que estava grávida de um homem com quem se relacionou por 11 anos, mas teve que assumir o bebê sozinha e trabalhar para sustentar e educar o menino.
Com o filho de um lado, a bolsa com pão, mamadeira e material de trabalho do outro, um banquinho de madeira na mão, Luci percorreu grande parte das ruas do município de Mimoso do Sul, captando e atendendo clientes. Ela conta que por diversas vezes, em meio ao trabalho, precisou correr com a criança para o hospital.
“Eu morei muito tempo na zona rural, sou de família muito humilde e fazia unhas nas casas das pessoas. Quando vim para cidade comecei a atender de porta em porta, mesmo com meu filho ainda bebê. Eu buscava ele na creche e saía com ele no colo e o banquinho na mão, indo de porta em porta. Nesse período, Artur comeu várias vezes a planta venenosa “Comigo Ninguém Pode“, durante meu trabalho. Não foi fácil, ele era educadinho, ficava sentado, mas já me deu muitos sustos comendo essa planta”, narrou a manicure.
Com o passar dos anos, a clientela cresceu e Luci ganhou fama de mulher do banquinho. “Todos os dias eu saio pela rua afora com meu filho e meu banco, hoje a minha vida se resume em ser uma profissional manicure que também é psicóloga, amiga, companheira e que não tem vergonha de pegar uma bolsa e um pão, botar meu filho do lado e ir trabalhar, correr atrás do meu.”
Gostou da matéria? 💬
Junte-se ao nosso grupo no WhatsApp e receba notícias exclusivas diretamente no seu celular!
👉 Entrar no GrupoO menino já está com 12 anos, portanto já tem esse tempo que anda com a mãe de rua em rua, mas agora quem carrega o banquinho é ele. Mesmo já tendo um espaço instalado em casa para atender as dezenas de clientes todos os dias, mãe e filho não abrem mão do banquinho.
“Não tenho hora, é de domingo a domingo trabalhando. Levanto às 6 horas e até o final da noite eu atendo, há dias que trabalho depois do meu horário. Sou uma mulher, mãe solteira sim, mas sozinha nunca. Quero deixar exemplo para o meu filho de quem é honesta e trabalha para ter dinheiro.”
“Nunca pude ter uma babá para meu filho. Nunca vou abandonar o meu banquinho. Tenho 35 anos de profissão e meu filho tem 12 anos que anda comigo. Atualmente ele carrega o banco e eu a bolsa e vamos andando de mãos dadas pela rua.”
Arthur Ezequiel Santana está no 8º ano do Ensino Fundamental e e junto com sua mãe Luci Ezequiel prossegue na jornada de estudos e trabalho, com um sonho na mente e no coração: adquirir a casa própria e sair do aluguel. Será que eles conseguem?
