O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciou na tarde desta quinta-feira (7) a assinatura de um contrato com o Instituto Butantan para a compra de 100 milhões de doses da CoronaVac, a vacina contra a Covid-19. O acordo prevê fornecimento de 46 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 até abril e de 54 milhões de doses até o fim de 2021.
O anúncio foi feito durante entrevista coletiva convocada pelo governo federal para explicar a medida provisória que prevê “medidas excepcionais” para a aquisição de vacinas, insumos, bens e serviços de logística para a vacinação.
“Toda a produção do Butantan, todas as vacinas serão a partir deste momento incorporadas ao Plano Nacional de Imunização, distribuídas de forma equitativa e proporcional a todos os estados, da mesma forma que a da AstraZeneca/Oxford”, disse Pazuello.
O valor da dose sairá por US$ 10. A vacina é produzida pelo instituto, em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
Horas antes da coletiva em Brasília, o governo de São Paulo divulgou que a CoronaVac registrou 78% de eficácia nos testes clínicos feitos no Brasil. O pedido de uso emergencial da vacina foi enviado nesta quinta à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O ministro fez um discurso com críticas dirigidas à imprensa e lamentou a marca de 200 mil mortes no País, atingida nesta quinta. Ele voltou a afirmar que, no melhor dos cenários, a vacinação começa em 20 de janeiro.
Pazuello disse que o ministério também negocia a compra da vacina russa Sputnik V, que será fabricada pela farmacêutica brasileira União Química, sem mencionar quantidade de doses.
O governo também conversa com a Moderna para a compra de 30 milhões de doses da vacina, com entrega prevista para depois de outubro.
O governo federal aposta na vacina da AstraZeneca/Oxford. A previsão é que a Fiocruz distribua 210,4 milhões de doses a partir de fevereiro. Cerca de 2 milhões de unidades devem chegar da Índia neste mês, prontas para uso.
Com informações do G1 e Estadão