A Delegacia de Regional de Itapemirim concluiu o inquérito policial que apurou o incêndio ocorrido no cartório de registro civil na Vila, em Itapemirim, no dia 4 de maio.
Quatro pessoas foram indiciadas pelo crime e três já foram presas. Um outro suspeito investigado como mandante do crime mora na cidade de Bruxelas, na Bélgica, e é considerado foragido.
As investigações apontaram que o mandante, por meio de um despachante na Itália, iniciou um processo de reconhecimento da cidadania italiana dele com documentos falsos, em 2019.
Entretanto, após descobrirem um erro no documento, a Comune italiana pediu para retificar o documento, que voltou com um outro erro. Por esse motivo, a Comune enviou o documento ao Consulado da Itália no Brasil para que fosse checado com o cartório de Itapemirim.
“Após ter essa informação, o mandante contratou dois homens de Goiana para incendiar o cartório, com o intuito de que a fraude não fosse constatada”, contou o titular da Delegacia de Regional de Itapemirim, delegado Djalma Pereira.
Após o crime, os suspeitos fugiram do Espírito Santo e voltaram para Goiânia, onde foram presos no início do mês de junho.
As diligências sobre o caso continuaram e constataram que o antigo tabelião do cartório, que havia perdido o cargo em 2020, era o responsável por falsificar o documento e também teria relação com o incêndio. Ele foi preso pela Polícia Federal, na quinta-feira (22), no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, onde aguardava voo para a Inglaterra.
O inquérito policial sobre o caso foi concluído e encaminhado à Justiça.
Os dois homens e o antigo tabelião foram indiciados pelo crime de incêndio qualificado. Além disso, o ex-tabelião também foi indiciado pelo crime de falsificação de documento e peculato.
Já o mandante que está em Bruxelas foi indiciado por ter ordenado o crime.