O governador Renato Casagrande e o prefeito Victor Coelho formalizam no dia 2 de maio, em Cachoeiro de Itapemirim, um convênio que pode dar fim aos constantes alagamentos nos bairros vizinhos à Linha Vermelha, como é o caso do Nova Brasília.
O convênio de R$ 56 milhões, que já foi assinado eletronicamente, tem o objetivo de fazer a macrodrenagem da Linha Vermelha, intervenção que irá aumentar a capacidade do sistema de drenagem da região de coletar e transportar a água da chuva até o Rio Itapemirim.
A data foi confirmada pelo governador em entrevista ao jornal Dia a Dia durante sua visita a Rio Novo do Sul na quinta-feira (21).
“O convênio da macrodrenagem já foi assinado eletronicamente, mas o governador virá para, de forma oficial, formalizar o documento e a partir daí darmos início ao processo licitatório, que esperamos que seja o mais rápido possível, sem entraves jurídicos ou burocráticos, para logo assinarmos a ordem de serviço e iniciarmos a obra”, destacou o prefeito Victor Coelho.
O prefeito lembra que a Linha Vermelha, importante via de ligação entre o Centro da cidade e os bairros em direção ao IBC, foi construída sem rede de drenagem e que, com o avançar dos anos, passou a gerar transtornos aos moradores da região.
“Moradores e comerciantes sofrem nas chuvas mais fortes, como é o caso da rua Etelvina Vivácqua. Essa será a primeira etapa da macrodrenagem e acreditamos que irá resolver o problema. Por isso, ficamos muito grato ao governador por sua sensibilidade. São R$ 56 milhões, não é pouca coisa, e irá resolver um problema histórico em nossa cidade”, destacou Victor Coelho.
O que diz a população
“Esperamos por essa obra. Há dois anos tenho esse comércio. Temos um sistema de comporta para impedir que o alagamento invada tudo aqui dentro. Além disso, suspendi o balcão. Em março do ano passado, em questão de dias foram três alagamentos. Em dezembro também alagou. É muito rápido, basta chover mais forte”.
Jocimeia Regina Stulzer, comerciante
“Estamos aguardando muito por essa obra. Moro aqui há 50 anos. Era muito raro, mas de uns 20 anos para cá começou a piorar muito. Hoje, entra um metro e meio de água lá em casa. Não precisa muito tempo para alagar, basta uns 15 a 20 minutos de chuva”.
José Luiz, comerciante.
“Tomara que a obra saia mesmo, mas não sei se acredito. Estamos aqui há 22 anos. A rede de drenagem é pequena para tanto volume de água. Choveu forte e é prejuízo certo. Minha esposa tem uma loja de roupa e já perdeu muita coisa nestes alagamentos”.
Mauro Gomes, aposentado.