Não é incomum no Espírito Santo a divulgação de notícias que apontam o roubo de talas de junção, chapas de apoio e trilhos de ferrovias em vários municípios capixabas.
A nossa matéria aborda o fato especialmente em trechos do sul do Espírito Santo cortados pelos trilhos. Segundo o engenheiro, comerciante e pesquisador da história das ferrovias no Estado Paulo Henrique Thiengo, mais de 30 quilômetros já foram arrancados e vendidos em ferros velhos.
“O trecho entre Mimoso do Sul e Dona América teve todos os trilhos furtados. São cerca de 20 quilômetros, assegura. Segundo ele, trata-se de uma quadrilha bem organizada, que rouba e oferece a mercadoria à luz do dia, em cargas fechadas de 15 toneladas a apenas R$ 1 o quilo.
E ele diz mais: para quem quiser comprar, sem nenhuma dificuldade. “O material é comprado por ferro velhos, escondidos em tambores metálicos de 200 litros e vendidos para grandes siderúrgicas, também sem serem incomodados. Reside aí o mistério de tudo isso”, pontua.
Segundo Paulo Thiengo, os únicos prejudicados até agora são os moradores de beira de linha, constantemente ameaçados – até de morte – por membros destas quadrilhas.
O engenheiro diz que mudanças responsáveis poderiam ser feitas na legislação para permitir a cessão a organizações não governamentais e ao Poder Público para que essa depredação não mais acontecesse.
“O patrimônio é da União, então ninguém pode fazer nada porque a legislação é muito rígida, mas essa rigidez favorece exatamente àqueles que se beneficiam com o apagamento da história e o roubo das peças”, acredita.
Thiengo frisa que considera isso um erro, já que existem muitas pessoas que querem apenas ajudar na preservação desse patrimônio da União, que faz parte da memória afetiva de muitas pessoas, e também do desenvolvimento econômico da região.
Paulo Thiengo, a voz que clama no deserto em defesa das ferrovias
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Paulo Henrique Thiengo lembra da importância das ferrovias no desenvolvimento econômico regional, já que elas têm um enorme potencial que beneficiaria os municípios e funcionariam como um corredor de desenvolvimento paralelo ao que está sendo idealizado para o litoral, garantindo a movimentação de produtos, serviços e pessoas entre as regiões.
“Não fossem esses roubos e esse desmonte que inviabilizam esse propósito, teríamos um meio importante para o transporte regional, também de grande potencial turístico”.
O pesquisador diz que com o desenvolvimento do litoral, será criada uma região metropolitana litorânea sul, que absorverá toda a economia que vai girar em torno do Porto Central, que será construído em Presidente Kennedy.
Vai mais além e frisa que todos os municípios a oeste da BR 101 perderão com a falta dessa ferrovia. “Todo o setor metalmecânico de Cachoeiro, por exemplo, será transferido para o litoral. Cachoeiro será mera cidade dormitório das do litoral, como Cariacica o é da Grande Vitória. É bom destacar que estas duas cidades têm as piores arrecadações per capta do ES”.
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