Foto: Luara Monteiro
O espetáculo “Moquear: Sem Receita” será apresentado no dia cinco de fevereiro às 18h30 em Itaipava, no município de Itapemirim, no Quintal Dona Música.
Após a apresentação, o público poderá participar de uma roda de conversa com a equipe do projeto. A circulação de “Moquear: Sem Receita” tem o apoio do Edital 023/2020 Setorial de Dança – Funcultura, da Secretaria de Estado da Cultura do ES.
Narrado em primeira pessoa, o espetáculo traz Yuriê, artista e mulher que utiliza-se das linguagens que domina, as danças urbanas, a capoeira, as danças populares e as danças afro-brasileiras, para tentar responder sua inquietação: com quantos corpos se faz uma moqueca?
“Meu corpo é terra colonizada”, diz o início do texto assinado por Alexsandra Bertoli. Juntamente à palavra, o solo “Moquear: Sem Receita” utiliza diversas linguagens em dança para fazer um paralelo entre a receita da moqueca, prato que representa um aspecto da identidade cultural do Espírito Santo, e os elementos que compõem a intérprete como mulher brasileira de ascendência indígena-negra-europeia.
Dentro desse caldeirão ancestral, o espetáculo aborda questões como o racismo, a objetificação da mulher, a dualidade entre colonização e descolonização e a fusão de etnias que compõem o povo brasileiro.
Yuriê conta que o início do projeto se deu no terreiro da Igreja Reis Magos, localizada em Nova Almeida, Serra, cenário de violência contra os povos indígenas e negros escravizados.
“Seguimos pesquisando pontos de interesse, como as telhas feitas nas coxas dos escravizados, a contraposição de conhecimento científico à oralidade, o olhar romântico e ao mesmo tempo colonizador do indianismo, a violência contra as minorias e os rastros que configuram corpos brasileiros deixados pela influência (genética ou não) de negros, indígenas e europeus”, aponta Yuriê.
SAIBA MAIS
– O termo “moquear” trata de uma técnica de cozimento indígena em que os alimentos são preparados no caldo dos próprios ingredientes. Essa mistura típica do Brasil e muito presente no litoral é utilizada como uma referência simbólica no espetáculo para fazer um resgate sociocultural da formação de nossos povos.
– A sinopse trata da guiança da ancestralidade de uma mulher que se encontra numa espiral do tempo onde revisita a sua história, que se confunde com a história de colonização do Brasil. Nessa espiral, ela busca os ingredientes que a compõem para conseguir criar uma receita para se descolonizar.
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