Segundo Julyane Bissoli, professora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, a terapia infantil contribui para que o indivíduo possa entender e compreender o que se passa com ele.

Além disso, pontua, o terapeuta tem como missão auxiliar os pais a trabalharem melhor a capacidade da criança.

Julyane destaca que os psicólogos infantis podem auxiliar em questões relacionadas a dificuldades no desenvolvimento, como por exemplo déficit de atenção, hiperatividade e ansiedade.

A professora enfatiza ainda que ajuda as crianças a lidarem com traumas na primeira infância, já que essa é uma etapa da vida da criança que alguns sentimentos e emoções vão surgindo e, normalmente, os pequenos não sabe distinguir, sendo uma consequência disso o impacto no desenvolvimento.

“Por isso, a terapia infantil é uma alternativa para o aprimoramento da criança quanto ao controle emocional e na outra ponta, ajuda os responsáveis a entenderem a proporção desse tratamento”.

Julyane acrescenta que, muitas vezes, os pais encontram dificuldades em administrar os conflitos domésticos e educacionais, portanto, ir ao psicólogo é apropriado para orientação diante de qualquer dúvida ou problema relacionado à educação e saúde mental dos filhos.

“Não saber lidar com questões de conflito pode impactar não só na infância do indivíduo, uma vez que os fatos ocorridos nesse período podem refletir no futuro. Por isso, a terapia tem o objetivo de auxiliar na busca de caminhos para um equilíbrio nas relações”, orienta a psicóloga.

Segundo a professora, vale lembrar que na infância não é possível ter o discernimento do que se sente para falar espontaneamente durante um atendimento, então é preciso atuar de forma lúdica, com brincadeiras que possibilitem interações de modo que o profissional encontre caminhos para aliviar o sofrimento.

“O atendimento infantil se aproxima ao de adultos, mas seguindo a particularidade de cada caso teremos uma abordagem diferente. O uso de jogos lúdicos, por exemplo, é um tipo de intervenção muito utilizada por terapeutas”, acrescenta a professora.

SAIBA MAIS

Quais os casos recomendados? 

Crianças com dificuldade de relacionamento com outras da mesma idade, inconsistência com os membros da família, constantes reclamações dos professores, dificuldade em manter a concentração, traumas de infância, timidez excessiva, agressividade, hiperatividade e depressão.

A maioria desses sintomas pode estar ligado a situações como: mudança de escola ou de endereço, separação dos pais, morte de um ente querido ou até mesmo de um animal de estimação, entre outros.

Quais são as vantagens?

Entre os benefícios então o aumento do rendimento escolar, maior concentração, promoção da integração social da criança.

A terapia eleva o potencial criativo, incentiva a interação, propicia o amadurecimento psicológico e o poder mental, reduz o excesso de tecnologia, o qual afeta a saúde mental de crianças, aumenta a capacidade de desenvolvimento de habilidades emocionais.

E também influencia a construção de um relacionamento melhor com os pais e professores e ajuda a criança a compreender que na vida pode acontecer coisas que não queremos, frisa Julyane.