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Foto: Reynaldo Monteiro

Trilha das Falésias marca o início da Rede Capixaba de Trilhas

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Alessandro Araujo de Paula

O Litoral Sul Capixaba se prepara para dar o pontapé inicial na Rede Capixaba de Trilhas, um projeto ambicioso que promete interligar as principais trilhas do Espírito Santo, fomentando o turismo de aventura e a preservação ambiental.

Com a recente aprovação do decreto 5737-R pelo governador Renato Casagrande, a região, assim com o Parque de Itaúnas, no Norte do Estado, inaugura um novo capítulo no ecoturismo estadual.

A Trilha das Falésias, em Marataízes, no mesmo trecho onde já ocorre a Caminhada Litorânea, é uma das duas primeiras a integrar essa rede, proporcionando uma experiência única aos visitantes, que poderão caminhar por 15,88 km de paisagens deslumbrantes, margeando as imponentes falésias de tons avermelhados.

O presidente da Ong Caminhadas e Trilhas, João Luiz Madureira Junior, destaca o potencial da trilha em gerar pertencimento e renda para a comunidade local.

Esse esforço não só conecta as belezas naturais do estado, mas também se alinha com uma tendência global de turismo sustentável, onde trilhas de longo curso se tornam atração para aventureiros de todo o mundo.

“Acho fantástico e me sinto lisonjeada de sermos um dos primeiros municípios do estado a iniciar esse projeto”, destacou a secretária de Turismo de Marataízes, Sara Mezini Costa.

Ela ressalta que a trilha é fruto de um trabalho de parcerias entre a Ong Caminhadas e Trilhas e Prefeitura de Marataízes, através das secretarias de Turismo e de Meio Ambiente.

“Joao Luiz e Reynaldo – integrantes da Ong – como sempre são incansáveis no trabalho de valorização e preservação das nossas falésias, exemplo disso, foi mais essa conquista para nossa cidade”, completou.

Para o secretário de Meio Ambiente do município, Antônio Carlos Sader Sant’anna, o Tunicão, a iniciativa vai beneficiar tanto o monumento quanto todo o município. Para ele, além de ser um reconhecimento estadual, o monumento poderá futuramente ser reconhecido em todo o país.

“Um dos objetivos da criação do monumento foi o desenvolvimento sustentável, mantendo o equilíbrio do meio ambiente com o desenvolvimento econômico. Em médio e longo prazo o município só tem a ganhar, e principalmente as comunidades do entorno do monumento, pois poderá gerar renda e emprego”, disse.

No Espírito Santo, a implantação das trilhas de longo curso contará com o apoio do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (lema), da Secretaria de Estado do Turismo (Setur) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Treinamentos e apoio para a criação de novas trilhas

O diretor-presidente do Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema), Mário Stella Cassa Louzada, destaca o potencial da Rede Capixaba de Trilhas para alavancar o turismo no Espírito Santo.

Com a implementação das trilhas de longo curso, o estado se prepara para se tornar um ponto de referência no ecoturismo, atraindo visitantes de diversas partes do Brasil e do mundo.

Segundo Mário, as trilhas, que começarão pelo Parque de Itaúnas, no Litoral Norte, e pela Trilha das Falésias, no Litoral Sul, representam uma oportunidade única de conectar as belezas naturais do estado.

“A padronização da sinalização e o treinamento das equipes são fundamentais para oferecer uma experiência segura e unificada aos trilheiros”, explica.

O Iema teve papel fundamental na criação da Rede Capixaba de Trilhas, com empenho de vários servidores, entre eles, Josiane Trabachi e Gerusa Bueno Rocha, do setor de Áreas Protegidas.

O projeto visa não apenas a promoção do turismo, mas também o desenvolvimento econômico das regiões percorridas. A estrutura necessária para atender os trilheiros, como pousadas, guias turísticos e pontos de venda, impulsionará a economia local, gerando empregos e renda.

Foto: Alessandro de Paula

Por exemplo, segundo Mário, pode ser criada uma trilha de 18km da Pedra do Frade até o Colégio Salesiano, em Jaciguá, Vargem Alta. De lá, é possível um outro percurso de 20 km até a RPPN Mata da Serra, próximo à Região de Richimond, em Vargem Alta. E ainda, uma outra trilha até a Pedra Azul, de cerca de 25 km.

“As trilhas são organismos vivos que podem crescer e se adaptar, ligando comunidades e criando um emaranhado de rotas que beneficiam a todos”, ressalta Louzada.

Com o apoio do Iema, o projeto também prevê o cadastramento de trilhas em diversas unidades de conservação, oferecendo treinamento a interessados em desenvolver trilhas em suas propriedades.

“Esse movimento é um investimento de baixo custo, mas com um retorno significativo para o turismo e a conservação ambiental”, conclui Mário Louzada.

Sinalização será padronizada

Com uma sinalização padronizada em preto e amarelo, a Rede Capixaba de Trilhas assegura uma experiência segura e agradável para os trilheiros, atraindo visitantes que desejam explorar as belezas naturais do Espírito Santo.

Logo da Trilha das Falésias de Marataizes

As placas uniformes facilitam a navegação, tornando as trilhas facilmente reconhecíveis em todo o país.

Mário Louzada, diretor-presidente do Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema), destaca que essa padronização é essencial para atrair turistas, proporcionando um sistema de sinalização coeso e confiável.

Além de aumentar a segurança, essa uniformidade conecta o Espírito Santo à Rede Brasileira de Trilhas, ampliando sua visibilidade como um destino de ecoturismo.

Decreto assinado pelo governador oficializa início da Rede

O decreto 5737-R, que institui a Rede Capixaba de Trilhas de Longo Curso, foi assinado pelo governador Renato Casagrande e publicado no Diário Oficial de segunda-feira (24).

Com essa iniciativa, o Espírito Santo se prepara para interligar suas principais trilhas, promovendo o ecoturismo e impulsionando o desenvolvimento socioeconômico nas regiões abrangidas.

Foto: Hélio Filho/Secom

A expectativa é que a Rede Capixaba de Trilhas contribua na proteção de áreas naturais protegidas, além de criar corredores ecológicos, fomentar o turismo de natureza e o desenvolvimento socioambiental das regiões por onde passar.

As Trilhas de Longo Curso Capixabas integrarão a Rede Brasileira de Trilhas, criada em 2018, inspirada na experiência positiva da Trilha Transcarioca e em outros casos globais.

No programa desenvolvido pelo ICMBio, as trilhas são consideradas ferramentas de conservação ambiental, recreação e saúde, além de gerar empregos e renda.

Atualmente, a Rede Brasileira de Trilhas possui várias trilhas sinalizadas que cobrem cerca de 10 mil quilómetros espalhadas por seis biomas brasileiros.

Trilha de Marataízes tem quase duas décadas de história

A Caminhada Litorânea de Marataízes vai completar 19 anos de história em 2025, reunindo milhares de pessoas ao longo deste período. A aventura que ocorre desde 2006 serviu como base para a criação da Trilha das Falésias.

João Luiz Madureira Junior, presidente da Ong Caminhadas e Trilhas, e idealizador da caminhada que chega a quase duas décadas, compartilha suas expectativas com o lançamento da Trilha das Falésias como parte da nova Rede Capixaba de Trilhas.

Com entusiasmo, ele destaca o potencial do projeto para transformar o turismo em Marataízes e em todo o Espírito Santo.

A Trilha das Falésias, com seus 15,88 km de extensão, oferece aos visitantes uma jornada pelas impressionantes falésias avermelhadas de Marataízes, um cenário repleto de história.

Conhecida no século XVII como Barreiras Vermelhas do Siri, a área é rica em patrimônios naturais e culturais, tendo sido um caminho importante entre as antigas capitais do Brasil, Salvador e Rio de Janeiro.

“A Trilha das Falésias não apenas valoriza as belezas naturais da nossa região, mas também gera oportunidades econômicas para a comunidade local. Esperamos atrair trilheiros de todo o país, promovendo o ecoturismo e reforçando o pertencimento cultural”, afirma João Luiz.

Ele ressalta ainda a importância das parcerias estabelecidas, como o apoio do Edital Unimed Sul Capixaba, que viabiliza a infraestrutura necessária para o sucesso da trilha.

Foto: Reynaldo Monteiro

“Estamos comprometidos em criar um legado duradouro, que beneficie tanto os moradores quanto os visitantes, integrando Marataízes à Rede Brasileira de Trilhas e ampliando nosso alcance turístico.”

Com a padronização da sinalização e a beleza única das falésias, João Luiz vê um futuro promissor para o ecoturismo no Espírito Santo, consolidando a Trilha das Falésias como um destino imperdível para os amantes da natureza.

O turista do fim de semana

Os trilheiros que têm mais de 40 anos geralmente buscam aventuras que possam ser concluídas em um fim de semana. Para esses turistas, as trilhas da Rede Capixaba oferecem percursos de até 50 km, proporcionando um desafio prazeroso e completo.

Esses visitantes, que dispõem de recursos para aproveitar a experiência, valorizam trilhas que possibilitam um passeio imersivo na natureza, sem precisar comprometer o conforto e a segurança.

O turista internacional de longa estadia

O turista internacional, muitas vezes em férias prolongadas, procura roteiros que possam ser explorados por um período maior. Com a mochila nas costas, eles percorrem trilhas que oferecem infraestrutura como campings, pousadas e opções gastronômicas.

As trilhas capixabas, ainda em desenvolvimento, prometem atrair esses visitantes, trazendo benefícios econômicos significativos para a região, similar ao que já ocorre em países como França, Alemanha e Portugal.

6 Responses

  1. Alessandro Araujo,
    Não é um Decreto de Lei e sim apenas Decreto. Decreto Lei é outro instrumento legal que obriga a execução imediata do objeto decretado.
    Matéria muito boa e já participei de diversas Caminhadas e agora ninguém segura a Rede. Novos trajetos estarão no cardápio em breve. Nada acontece só com um decreto, mas muita ação é necessária.
    Vamos em frente.
    Dec. Nº 5.737-R ES, de 24 06 2024 Institui a Rede Capixaba de Trilhas de Longo Curso, no âmbito da Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso e Conectividade – RedeTrilhas

  2. Espero que outra sejam implementadas o mais breve possível, pois o nosso Estado tem potencial enorme para turismo, e os políticos não enxergam isso. Quando fazem algo é a passos de tartaruga, um gestor começa o projeto e o outro não dá continuidade. Assuntos como educação, geração de empregos, mobilidade urbana, saúde, segurança, turismo, deveriam ser tratado como políticas públicas e não programa de governo x ou y.

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