A Wisteria, também conhecida como glicínia, é uma trepadeira de flores exuberantes e perfumadas, ideal para quem sonha com um jardim florido, romântico e com sombra natural em pérgolas, muros e cercas. Com flores em tons de roxo, azul, rosa ou branco, ela encanta na primavera e, quando bem cuidada, forma verdadeiros túneis florais dignos de cenário de filme.
Apesar de ser uma planta vigorosa, a Wisteria exige técnicas específicas de poda e condução para que cresça de forma ordenada e com floração abundante. Neste artigo, você vai aprender 3 formas eficazes de podar e treinar a Wisteria para transformá-la na protagonista do seu jardim.
1. Poda de formação: o primeiro passo para treinar a estrutura
A poda de formação é a etapa mais importante para conduzir a Wisteria corretamente desde jovem. Essa poda define o tronco principal e os galhos secundários que formarão a base da planta ao longo do tempo.
Como fazer:
- Escolha um galho principal saudável e ereto para ser o tronco central.
- Amarre esse galho a um tutor forte (estaca ou haste metálica) para que cresça verticalmente até alcançar a altura desejada — geralmente o topo da pérgola ou muro.
- Corte os galhos laterais nos primeiros anos de cultivo, mantendo apenas os que ajudarão a estruturar a copa quando o caule estiver bem desenvolvido.
Essa fase pode durar de 1 a 3 anos, dependendo do crescimento da planta. Após esse período, a Wisteria estará pronta para se expandir horizontalmente e começar a florescer com mais intensidade.
2. Poda de verão: controle e estímulo à floração
A poda de verão deve ser realizada após a primeira floração da planta, geralmente entre o fim da primavera e o início do verão. Ela é essencial para controlar o crescimento vigoroso dos ramos e direcionar a energia da planta para a produção de flores e não apenas de folhas.
Passo a passo:
- Corte os ramos secundários (laterais) deixando cerca de 5 a 7 gomos a partir da base do ramo.
- Elimine ramos que estejam crescendo em direções indesejadas ou que estejam muito próximos uns dos outros.
- Retire brotos que surjam da base da planta, pois eles consomem energia e desorganizam a estrutura.
Essa poda direciona os nutrientes para os ramos florais, incentivando a formação de cachos maiores e mais vistosos na primavera seguinte.
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3. Poda de inverno: manutenção da estrutura e renovação
No fim do inverno (entre julho e agosto no Brasil), é hora de fazer a poda mais rigorosa da Wisteria. Nessa época, a planta está em dormência, o que minimiza o estresse causado pelos cortes e permite a reorganização da estrutura.
Como realizar:
- Reduza os ramos podados no verão, agora deixando apenas 2 a 3 gomos.
- Mantenha os ramos principais que sustentam a copa e elimine os que estiverem cruzando ou crescendo para dentro da planta.
- Aproveite para reforçar os suportes e guias que mantêm a planta direcionada sobre pérgolas, muros ou treliças.
Essa poda garante que a planta continue compacta, organizada e saudável, além de preparar a Wisteria para uma nova explosão de flores.
Dicas extras para treinar a Wisteria com sucesso
- Use suportes resistentes: a Wisteria pode se tornar muito pesada com o tempo. Certifique-se de que pérgolas e treliças sejam firmes e fixas.
- Amarre os galhos com barbante ou fita de tecido, evitando estrangulamentos ou ferimentos nos ramos.
- Evite deixar a planta crescer livremente por muitos anos sem poda — ela pode se tornar agressiva e difícil de controlar.
- Tenha paciência nos primeiros anos: a Wisteria pode demorar de 2 a 4 anos para florescer após o plantio, mas quando isso acontece, o espetáculo vale a espera.
O poder da poda e condução certa
Quando podada e treinada corretamente, a Wisteria se transforma em um dos maiores espetáculos florais que um jardim pode oferecer. Com ramos fortes, floradas abundantes e crescimento controlado, ela cobre pérgolas, muros e arcos com elegância, sombra e perfume. O segredo está em observar o tempo certo para cada tipo de poda e conduzir a planta com firmeza e carinho.