O ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, determinou nesta terça-feira (2) que a Polícia Federal investigue o vazamento de informações pessoais do presidente Jair Bolsonaro, seus familiares e outras autoridades por um grupo de hackers. Uma das contas do Twitter que supostamente pertence ao grupo foi suspensa por causa da ação.
Em publicação no Twitter, o ministro Mendonça explicou que as investigações devem apurar crimes previstos no Código Penal, na Lei de Segurança Nacional e na Lei das Organizações Criminosas.
O vazamento de dados foi reallizado pelo grupo Anonymous Brasil, em uma postagem no Twitter, na noite de segunda (1º). Os hackers divulgaram supostos dados cadastrais, como CPFs, endereços e telefones pessoais, além de informações sobre o que seria o patrimônio dos atingidos.
Entre as vítimas da ação do Anonymous estão o presidente, seus filhos Flávio, Eduardo e Carlos Bolsonaro; o ministro da Educação, Abraham Weintraub; a ministra da Mulher e Direitos Humanos, Damares Alves; o deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP) e o empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan.
O presidente Bolsonaro reagiu ao vazamento de seus dados em uma postagem no Twitter e afirmou que medidas legais estão sendo tomadas.
O grupo Anonymous começou a agir no mundo em 2003. Desde então, se espalhou por todo o planeta, com células em inúmeros países, como o Brasil. Os hackers costumam divulgar manifestos e vídeos nas redes sociais, em que afirmam que toda informação deve ser livre. Além disso, reiteram que estão dispostos ao “tudo ou nada” contra o “sistema” e governos.
O Anonymous ressurgiu no último domingo (31), dia marcado por protestos nos Estados Unidos por causa do assassinato do segurança negro George Floyd, durante uma abordagem policial em Minneapolis. O grupo hacker divulgou um vídeo em que ameaça expor “muitos crimes” cometidos pela polícia em todo o mundo.