A partir de 1º de agosto poderão ser realizados eventos e festas com até 600 pessoas no Espírito Santo. Os protocolos de uso de máscara e álcool 70% permanecem os mesmos e deverão ser observados em todos os encontros.
Para que isso aconteça os frequentadores deverão apresentar comprovante de vacinação com pelo menos a primeira dose ou um teste de Covid feito nas 48 horas anteriores ao encontro.
A liberação foi feita pelo Governo do Estado na sexta-feira (16), após divulgação do Mapa de Risco da Covid-19, que mostrou a maioria dos municípios capixabas em risco baixo e nenhum em risco alto ou extremo.
O empresário Eder Oza, que atua no segmento de moda masculina desde 2005 e de noivos desde 2017, está animado e destaca que existe uma sinalização muito positiva em relação à retomada da normalidade.
“Hoje operamos com 70% do movimento e não esperamos ainda crescimento pleno e estabilização como antes da pandemia, mas com a demanda reprimida é possível que tenhamos o dobro de eventos no ano que vem. Eu estou cheio de esperanças como nunca estive antes”.
Eder Oza pontua que infelizmente o segmento de eventos não teve como se reinventar porque o baile, o casamento e o show exigem contato, abraço, encontros. “Os outros segmentos se reinventaram. Conosco isso foi impossível “.
O empresário destaca ainda que o país vive um novo momento e que quem não aprendeu uma lição nesses tempos não aprende mais. Lamenta que o Brasil não tenha adotado desde o início da pandemia medidas baseadas em evidências científicas para conter o avanço do coronavírus e proteger vidas e empregos.
“ Nem tudo é festa. Foi preciso ser administrador, enxugar custos, trabalhar de forma muito consciente. Mas espero que quando 70% da população estiver vacinada esse limite aumente e voltemos a ter grandes shows, eventos esportivos e outros. Mas para casamentos e pequenos eventos essa liberação foi ótima”.
A empresária Camila Misse, do segmento de buffet há 25 anos, enfatiza que a situação de todos que trabalham com eventos é muito complicada.
“A gente ouve relatos de gente que vendeu a casa, o caminhão e outros materiais de trabalho, e até os que tiveram que mudar de profissão. Durante um ano e meio ficamos proibidos de trabalhar. Totalmente proibidos e os custos de uma empresa permanecem, não param de chegar”.
Camila diz que a liberação foi ótima, mas que falta mais apoio. “Deveria haver mais incentivo, isenção de impostos. Nós do setor de eventos deveríamos ser olhados de uma forma mais humana. Deveria ter tido um auxílio específico para cobrir essa falta de trabalho nesse período tão grande”.
Ela diz que isso é importante porque eles não escolheram ficar parados, sem trabalhar. “A gente foi proibido, então foi muito sacrificante para todo o setor”.
Camila Misse destaca ainda que teve empresário que perdeu nesse tempo o que levou a vida toda para construir.
“O que passou a gente não recupera. Então é muito triste. A gente está voltando, e as contas sempre vieram, independente da gente estar trabalhando ou não” conclui.