Tramita na Assembleia Legislativa projeto de lei de autoria do deputado Danilo Bahiense que obriga os estabelecimentos comerciais a divulgarem as cores das bengalas com a correspondente deficiência.
O deputado segue proposta semelhante, apresentada na Câmara Federal, que regulamenta em todo o país o uso padronizado da bengala com as cores que convencionalmente têm sido adotadas mundo afora.
Bahiense diz que o objetivo da proposta é promover a devida inclusão e dar ao cidadão condições de identificar o grau de dificuldade dos deficientes visuais.
Destaca também a necessidade de informar à população as cores indicativas da deficiência visual. “É importante que se conheçam as cores das bengalas utilizadas por essas pessoas a fim de se poder dar a devida atenção aos mesmos”, enfatiza.
O deputado Bahiense ressalta que a cor da bengala longa utilizada pela pessoa que tem problemas na visão indica o grau de deficiência que ela sofre, e que por convenção, adota-se a cor branca para as totalmente cegas.
Já quem tem baixa visão porta a bengala verde. Mas há aquelas que, além de deficiente visual, também são surdas. Essas usam a bengala com as cores branca e vermelha.
O deputado estadual diz que segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Espírito Santo há mais de 7.200 pessoas totalmente cegas.
Outras 110 mil pessoas declararam ao IBGE que tinham grande dificuldade de visão; e pouco mais de meio milhão possuía, em 2010, alguma dificuldade de enxergar.
Segundo dados no mesmo censo, no Brasil 3,5% da população brasileira (quase 6 milhões de pessoas) têm dificuldades de visão, num universo de 23,9% (45,6 milhões) com algum tipo de deficiência.