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Adoção: famílias pedem quebra de preconceito contra os filhos adotivos

redacao
Redação Dia a Dia

Após o assassinato com requintes de crueldade do ciclista cachoeirense Duramir Monteiro Silva, que gerou grande comoção na cidade, uma discussão causou desconforto em algumas pessoas diante da fala de que o filho, autor confesso do crime, teria feito isso por ser adotivo.

Um dos que se incomodaram foi o conselheiro tutelar Leandro Vieira, que foi adotado ainda bebê e diz só ter motivos para agradecer à família que o amou e foi a melhor que ele poderia ter.

“Ser filho adotivo, de criação, do coração, ou como queiram chamar, não é uma referência para qualquer caso de violência”, frisa.

Leandro lembra que adotar é um ato de amor incondicional, e que caráter é uma virtude humana, que independe de condições.

“A forma como ele é moldado em cada um de nós não tem nada a ver com laços sanguíneos, cor, condição social, credo religioso”, pontua.

Indignado, ele pede que a sociedade pare de medir todo mundo com a mesma régua, já que todos já ouviram falar de filhos biológicos que espancam e maltratam os pais.

“Conheço filhos biológicos que já mataram de forma brutal e cruel aquelas que lhe geraram e lhes deram a vida. Conheço pais que violentaram sexualmente seus próprios filhos biológicos. E aí? Vamos colocar todo mundo na mesma sacola?”, questiona.

Uma coisa é bem clara para Leandro. A gratidão pela vida dos seus pais, que o escolheram e encaminharam para uma vida digna.

“Eu poderia ter tido outros rumos, mas Deus cuidou de mim em seus mínimos detalhes, da melhor forma possível e me permitiu chegar até aqui”, frisa.

A cuidadora escolar Maria Lúcia Viera da Costa, mãe de Leandro, tem três filhos, um biológico, e diz que o desejo de adoção nasceu no seu coração quando ainda era solteira, embora nem soubesse se o fato ia se concretizar.

“Esse desejo é nato. A adoção não tem fórmula pronta. É como a mãe que não espera engravidar, engravida e já passa a amar o filho incondicional e eternamente a partir do momento que sabe da sua existência”, destaca.

Ela também se incomodou com o fato das pessoas atribuírem o crime do ciclista ao fato do filho ser adotivo. “É um absurdo essa associação que fizeram entre assassinato e adoção”, ressalta.

Lúcia destaca que a criação de filhos não é fácil e dá muita preocupação. “Mas a gente se esforça e educa da melhor forma. Eu faria tudo de novo. Se fosse mais jovem adotaria outros porque fico muito sensibilizada com crianças esquecidas em abrigos. Amor realmente é a palavra que define a maternidade, biológica ou não”.

Lúcia aconselha aos que querem adotar que não se baseiem nesses comentários sem noção que discriminam os filhos adotivos.

“Em primeiro lugar tenham consciência do que vão fazer porque vão dar um lar a uma criança que precisa de todo o cuidado. Essa criança não é descartável, como um brinquedo que pode ser esquecido quando você enjoa dele. É para toda a vida e é preciso estar disposto a morrer por essa criança. A família é uma benção e muito valiosa”, enfatiza.

Ela conta que orou durante dez anos para que Deus enviasse uma menina para a sua vida. “Fui ao monte, fiz campanhas de oração e aos 48 anos adotei a minha filha. Fui muito criticada, chamada de louca. Mas sou muito grata a Deus pela vida dos meus filhos. Dei o melhor de mim e sempre os amarei incondicionalmente”.

 

Sem preconceitos

 

A funcionária pública Ana Dalva Pancine de Albuquerque é mãe adotiva e foi outra que também se incomodou com os comentários feitos após a publicação dando conta de que o filho adotivo tinha matado o pai.

“Ele não fez isso por ser adotivo. Fez por quem tem desvio de conduta e de caráter”, pontua. Ana conta que Inclusive teve que levantar a voz no seu ambiente de trabalho para dizer que o crime não estava relacionado à adoção.

Ela destaca que sempre diz a mesma coisa. Que filho é filho, seja ele de sangue ou não, e que é preciso vencer o preconceito.

“O filho adotado não pode ser taxado de ingrato. Sei que muitos têm preconceitos, mas minha bandeira é que filho é filho e ponto. Quem faz essa fala preconceituosa não sabe o que é o amor”, conclui.

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