Um grupo de artistas e estudantes de dança de Cachoeiro de Itapemirim decidiu se apresentar em frente ao Teatro Municipal Rubem Braga, na próxima sexta-feira (29), Dia Internacional da Dança, para cobrar da prefeitura a reforma do teatro, que está fechado desde a enchente de janeiro de 2020, a maior da história.
O grupo fará performance em homenagem à data e também em comemoração ao teatro, que completa 22 anos na véspera, dia 28.
Segundo os artistas, a prefeitura começou a se mover para a reforma da casa de espetáculo, mas ainda não realizou licitação para contratar o projeto de reforma.
Os artistas lamentam que o espaço poderia estar sendo usado, desde a pandemia, para a gravação dos espetáculos das leis excepcionais de incentivo; e pedem que a prefeitura apoie a construção de uma alternativa ao teatro para a realização das apresentações de fim de ano.
Reforma do teatro entre projetos prioritários
A reforma total do teatro foi colocada entre os projetos prioritários, informou a prefeitura na tarde desta sexta-feira. O município afirma ainda que já garantiu os recursos financeiros necessários para execução das obras e aquisição de novos equipamentos.
A fase atual do processo de recuperação do espaço é a de elaboração de projetos técnicos, que são dez, ao todo. Metade deles é feita pela Secretaria Municipal de Obras. São referentes à parte estrutural, arquitetônica, hidráulica, elétrica e de acessibilidade.
Para execução dos demais projetos, que exigem expertise em cenotécnica, iluminação cênica, sonorização, acústica e ambientação, a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Semcult) precisou contratar uma empresa especializada, via licitação.
Assim que todos esses projetos ficarem prontos, a Prefeitura poderá lançar o edital para contratação da empresa que executará as obras. A previsão é de que a concorrência pública seja aberta no segundo semestre deste ano.
A secretária municipal de Cultura e Turismo, Fernanda Martins, ressalta que o processo de recuperação de um teatro, por si só, é complexo, por demandar projetos muitos específicos e que precisam ser feitos por empresa especializada.
“No nosso caso a situação é ainda mais crítica pelos grandes danos provocados pela enchente”, complementou. Além disso, a prefeitura precisou refazer o processo licitatório dos projetos complementares por não ter tido empresa habilitada.
“Entendemos a urgência de devolver esse palco fundamental da nossa cidade para o público e para os artistas, e estamos empenhados nisso. Entregaremos um Teatro Rubem Braga muito mais moderno, com melhor estrutura e 100% acessível, que se consolidará como uma referência estadual”, complementou Fernanda.