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Carnaval nas ruas de paralelepípedos

escritoras-cachoeirenses2-07-01-23
Escritoras Cachoeirenses

As maiores riquezas que temos estão relacionadas às vivências ao longo de nossa jornada aqui na terra. Ontem, vendo o jornal da hora, vi uma matéria sobre os bois pintadinhos de Muqui e um misto de alegria e nostalgia invadiu o meu coração. Recordo-me das matinês no Centro Cívico e a minha alegria ao escolher uma fantasia. Ora odalisca, Pedrita ou baiana, mas confesso que minha fantasia preferida sempre foi a de melindrosa.

Porém, o que sempre me encantava era ver os Bois Pintadinhos atravessando a rua principal de paralelepípedo da Cidade Menina. Naquela época, não tinha o glamour de hoje, era tudo simples, entretanto a união das pessoas fazia com que aqueles dias fossem muito especiais. Confesso que entre todos os bois, dois tornaram-se os meus favoritos: o Boi Gaspar e a Vaca Mocha.

Ah…o Boi Gaspar… ver uma família inteira envolvida nos preparativos e na confecção dos mínimos detalhes fazia com que o resultado final fosse ainda mais mágico. Eu me sentia participando de um verdadeiro conto de fadas. Tanta cor, tanta alegria e um espírito de fraternidade que vi em poucos lugares.

Já a Vaca Moxa é um exemplo da representatividade da mulher e de sua luta constante para fazer parte do universo, tantas vezes voltado para o masculino. Um grupo de mulheres vestindo uma camiseta e saindo atrás da vaca mocha mostra o quanto sempre podemos e devemos nos impor em meio a uma sociedade machista e conservadora.

Hoje, o Carnaval de Muqui virou referência nacional enquanto representação da cultura brasileira e o Boi do Gaspar já se apresentou em outras terras para levar um pedacinho dessa mistura incrível do nosso país. Os demais bois também cresceram e encantam a todos os turistas que vão prestigiar a Cidade menina nesse período de festas.

Mas, para mim, os carnavais da minha infância certamente foram os mais especiais, onde uma menina fantasiada de melindrosa com seu vestido branco de franjas, sapatilha prata e pena branca na cabeça se divertia ao som das marchinhas de carnaval durante a tarde e à noite vestia a camisa do boi pintadinho e desfilava pelas ruas de paralelepípedos de Muqui levando alegria e renovando as energias. E entre sorrisos, desvios do boi e muita música, a melindrosa foi construindo suas memórias de amor e respeito por sua cultura e aprendendo que tudo que é feito junto é mais prazeroso. E bora abrir caminho porque os bois e a vaca mocha irão passar!

Mariana Elmira Lopes Bernardo da Silva. Mãe, mulher, artesã e escritora. Alguém que acredita que a união entre as mulheres salva o mundo

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