O deputado Felipe Rigoni, que é presidente estadual do União Brasil, comunicou, em vídeo postado em suas redes sociais na tarde desta terça-feira (4), que apoiará o governador e candidato à reeleição Renato Casagrande (PSB) no segundo turno das eleições.
Ele teceu duras críticas ao candidato Carlos Manato (PL) e fez acusações contra o candidato. Em sua fala, destacou que o concorrente de Renato Casagrande teve quatro mandatos de deputado federal e nenhuma entrega significativa feita para a sociedade capixaba.
Destacou ainda que em 2019 Manato teria sido demitido pelo próprio governo Jair Bolsonaro. “E o motivo foi incompetência. Não apresentou resultados suficientes, como a própria pasta divulgou em nota na época”.
Outro fato que Felipe Rigoni destacou foi o de Manato ter feito parte da Scuderie Le Cocq, que foi considerado o principal grupo de extermínio do Espírito Santo nos anos 90.
“Foram registradas mais de 1.500 mortes realizadas por este grupo. Portanto, Manato está longe de ser um exemplo de político e de cristão, como ele tanto diz”, pontuou o deputado federal.
Em sua argumentação, Rigoni reforça que não dá para voltar para à era do crime organizado que assombrou o Espírito Santo até os anos 2000.
“Pessoas morreram, o Estado era uma bagunça, o desemprego estava nas alturas, os salários atrasados, o Estado inchado e tantos outros problemas”, prosseguiu.
Rigoni, que teve 63.662 votos, diz que sempre evitou se envolver em polêmicas e justifica sua atitude dizendo que há risco de retrocesso.
“Vivemos uma ameaça real de retrocesso e não podemos deixar que isto aconteça. É por isto que estarei ao lado do atual governador Renato Casagrande”, frisou.
Em sua fala, Felipe Rigoni destaca que sempre falou que Paulo Hartung e Renato cumpriram tarefas importantes para o Espírito Santo.
“Se fosse para ter mudanças, isto teria que ser feito com segurança, coisa que o candidato Carlos Manato está longe de oferecer”, ratificou.
Outro ponto que entende ser favorável ao atual governador é o fato dele já ter provado que sabe administrar com presidente que pensa diferente dele.
“Vivemos num estado equilibrado, responsável, Nota A no Tesouro Nacional e reconhecido por isto. Eu quero para os capixabas de agora e para os meus futuros filhos um estado estável e não aquele que tínhamos até os anos 2000”.
“São acusações levianas. Tenho um nome limpo”, rebate Manato
A assessoria de Carlos Manato encaminhou áudio para o Jornal Dia a Dia em que o candidato rebate as acusações de Felipe Rigoni.
“São acusações levianas. Querem me colocar com crime organizado. Isso não cola. Lamento muito que um deputado federal que fez parte do governo de Renato Casagrande venha fazer um papel deste”, afirmou.
Com relação à denúncia de Rigoni sobre a participação na Scuderie Le Cocq, Manato destacou que em 1991 fez um ciclo de estudos da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (Adesg) e, enquanto estava na Adesg, foi convidado a participar de outra instituição.
“Havia um grupo de juízes e médicos que estavam lá e me convidaram a participar de uma outra instituição. Fomos lá, olhamos, sentimos que não era o mesmo clima da Adesg e do mesmo jeito que entramos, nós saímos”, ressaltou.
Manato afirma que tem seu nome limpo. “Minha vida é limpa, tá aberta. Quem quiser uma procuração para ir ao Tribunal de Justiça e ver se tem alguma coisa, só dar o nome, o CPF, que dou a procuração. É uma falácia, querem me desconstruir”, disse.
O candidato afirma que durante seu mandado de deputado federal não teve nome envolvido em nenhum escândalo. “Teve Mensalão, não pegou Manato. Sanguessuga, não pegou Manato, Teve Petrolão e não pegou Manato. Fui corregedor da Câmara, tenho vida limpa”, debateu.
Sobre a crítica de Rigoni de que Manato teria sido demitido da Casa Civil da Presidência, o candidato afirmou que “deixou o cargo porque pediu para sair”.