Tudo é ordem e desordem em nós.
Meu caos interior, tua paz de espírito.
Minhas mãos, teus olhos.
Tudo sempre foi sereno em mim.
Serenamente desarrumado.
Você chegou, revirou tudo, e agora eu tento arrumar.
Mas só você arruma.
E cada caos que causei em mim,
agora vou arrumando em você.
Eu costumava ser sozinha antes disso…
E então, você vai, eu fico e quebro.
E tudo se bagunça outra vez.
E tudo revira e vira, e volta.
Até que o antigo caos arrumado volta a ser eu.
Até eu ver teus olhos na rua outra vez,
Como meus espelhos,
E tudo voltar a estremecer.