O jornal Dia a Dia começa uma série de entrevistas com os candidatos do Sul do estado que disputam uma vaga à Câmara Federal.

Vamos ouvi-los e fazer, em princípio, as seguintes perguntas: de que forma acha que pode contribuir para o desenvolvimento regional? Qual o principal gargalo que impede o crescimento da região Sul, Serrana e Caparaó, especialmente, e de como pode contribuir para que esses gargalos deixem de existir.

E finalmente um breve currículo, dizendo porque acredita que merece o voto dos capixabas para representá-los em Brasília.

As perguntas serão encaminhadas por Whattsapp ou por e-mail à assessoria, ou ao próprio candidato, que precisa responder em tempo hábil caso queira participar desta série.

O primeiro candidato entrevistado é o advogado e professor Diego Libardi, cachoeirense de 38 anos que disputou a prefeitura de Cachoeiro na última eleição e foi o segundo candidato mais votado do município, com quase de 18 mil votos.

 

De que forma o senhor acha que pode contribuir para o desenvolvimento regional?

Isso é possível de várias formas. Temos um vazio de investimentos na região. Precisamos promover o debate para ampliar o crescimento promovendo o equilíbrio que nos equipare a outras regiões do Estado e até do norte fluminense. Precisamos promover mudanças em todo o arcabouço tributário para avançarmos neste sentido. Precisamos fazer mais investimentos públicos em infraestrutura para atrair o capital privado e gerar emprego e renda para o Sul do Estado, a exemplo do que já acontece em Domingos Martins, onde esses recursos foram aportados. Vamos também dialogar com as prefeituras e com os governos do estado e federal, mas também com empresas privadas conceituadas para investirem nas nossas regiões.  A atração do capital privado de forma eficiente vai levar o boom turístico e empresarial de Domingos Martins para o Caparaó, Litoral, Sul e região serrana.

Temos muitos outros lugares com o mesmo potencial e fazer investimentos vai certamente promover o desenvolvimento. Penso nos investimentos que devem ser feitos no setor industrial, mas também no de serviços. Temos muitas potencialidades que podem ser exploradas, e ainda há falhas nesse sentido.

Quando voltamos o olhar para Cachoeiro nos deparamos com um grande parque industrial ligado ao setor de mineração que também precisa de incentivos.

É preciso estabelecer uma política econômica e fiscal e ver os benefícios que outros com a mesma matriz têm e ver o que deu certo.

Temos grande potencial na produção agropecuária, Jerônimo Monteiro é um grande produtor de laranja, e assim por diante. É preciso identificar os potenciais.

O que não dá é achar que os problemas vão se resolver sozinhos, ou com cursos de manicure e outros desse tipo achando que apenas isso vai estimular o crescimento, porque não vai. É preciso muito mais. É por isso que somos subdesenvolvidos em relação a outras regiões.

 

Qual é o principal gargalo que impede o crescimento do município e da região central, sul, serrana e Caparaó?

Já falamos dele. É esse subdesenvolvimento provocado por tantas políticas equivocadas. Mas se for apontar o segundo gargalo, ele está na área de saúde, que é muito prejudicada por esse fator.

A saúde em Cachoeiro é mantida pelos hospitais filantrópicos, mas eles não dão conta. E o que vimos é a falta de médico e dívidas astronômicas das instituições que prestam o atendimento médico-hospitalar no lugar dos hospitais públicos.

Da mesma forma que sem aporte são prejudicadas também a educação e a segurança pública. E isso só mostra a insustentabilidade desse modelo econômico, que não garante a sustentabilidade dos serviços que a população tanto precisa.

É essencial que haja melhor custeio desses hospitais filantrópicos. Vamos propor projetos que caminhem nesta direção e que supram essas necessidades.

 

Caso seja eleito, de que forma pretende contribuir para sanar esse problema de subdesenvolvimento apontado pelo senhor?

Não podemos deixar de falar da importância de uma reforma tributária eficiente. O que se vê hoje é que estão jogando muito dinheiro fora para chegar ao melhor sistema, mas isso não aconteceu. O sistema que se vê hoje é lento, burocrático e injusto.

Outra forma de ajudar a mudar essa situação é através de emendas parlamentares com recursos públicos para atrair o capital privado. Essa parceria é fundamental.

 

Porque o senhor merece o voto dos capixabas?

Pela nossa experiência, pelos projetos que temos para Cachoeiro e para toda a nossa região, por representamos a política que o capixaba busca e quer, e também por sermos alguém que se preparou e tem condições de ser a renovação na política. Nós representamos a nova política.