Uma perda pessoal na vida da fotógrafa Márcia Leal, que completa em abril 30 anos de profissão, fez com que voltasse o seu olhar para registar em imagens momentos do mundo pet na convivência com os seus donos, ou em fotografias solo.
Ela faz questão de ressaltar que ainda fotografa pessoas, que diz amar, mas a partir da perda de sua gata Mel, percebeu que não tinha muitas fotos com seu animalzinho de estimação, que havia sido adotado por ela, já que não havia fotógrafos especializados neste trabalho com pets em Cachoeiro.
“Diria até que sou a primeira de Cachoeiro e até do sul do Estado”, destaca. Márcia conta que fez vídeos e divulgou nas redes sociais apelando para que a pessoa que havia pego a sua gata a devolvesse.
Mas não teve sucesso e realmente teve que lidar com a tristeza que a falta da gatinha provocou em sua família. “Achei isso muita covardia”.
O trabalho com os pets começou com um ensaio de natal em 2021, após um curso que fez em São Paulo. “Gosto de fotografá-los porque eles são muito companheiros, como filhos. Cada tutor tem uma história para contar com o seu pet”, enfatiza.
História que ela mesma não tem registrada junto com sua gatinha nem com o seu cãozinho Tob porque era difícil ser fotografada com eles.
Ela conta que atualmente está nos ensaios de verão com os animais. “Mas quero também ser voluntária, retratar os que precisam ser adotados para divulgar suas imagens e ajudá-los a encontrarem tutores, lutar pela causa animal, que é apaixonante”.
E Márcia Leal conta que as fotos vão além dos cães e gatos, e que está preparando um ensaio fotográfico de um ouriço. E também de calopsitas e outros bichinhos de estimação. “As pessoas querem registrar e mostrar o amor que têm pelos seus pets para o resto da vida”, enfatiza.
A opinião dos tutores
Mábilly Oliveira, 18 anos, estudante de Arquitetura e Urbanismo, levou sua cadela Kiara, de um ano, seu primeiro pet, para o ensaio fotográfico e diz que amou o resultado.
“Eu gostei da proposta das fotos. A Kiara foi elétrica, mas o ambiente deixava ela super à vontade. Ela estava se sentindo em casa mesmo”, conta sorrindo.
Maira Vitória Silva e Silva, 20 anos, estudante de Arquitetura e Urbanismo, levou seus cãezinhos Snow e Luke para serem fotografados por Márcia Leal.
Conta que foram momentos muito especiais porque conseguiram congelar no tempo e marcar o amor deles. “ É impossível não se sentir bem ou até mesmo rir com a fofura das fotos. Já que eles não são eternos, quis eternizar esse momento”, ressalta.
Maíra diz que amou o resultado e que a fotógrafa conseguiu captar toda a essência deles, e que o Snow foi o mais fácil de fotografar porque é acostumado desde pequeno a tirar foto e é mais velho do que o Luke.
“Snow é o rei das fotos. Não pode ver uma câmera que entra na frente. Os dois têm Instagram Pet. Antes era uma conta solo do Snow, depois passou a ser dele e do Luke”, revela.
Yasmin Silva Vaillant de Oliveira, 16 anos, diz que já estava querendo mesmo fazer fotos do seu cãozinho Théo e ficou sabendo do trabalho do fotógrafa Márcia Leal quando ganhou um sorteio do pet shop que cuidava dele. “Ele fez muita bagunça, mas as fotos ficaram lindas”, frisa.
Os desafios e as lições
Segundo Márcia Leal não existem animais mais difíceis de fotografar, já que cada um tem o seu jeitinho e reage de forma diferente diante da mesma situação.
“Por exemplo tem a bolinha de sabão. Uns querem comer. Outros nem deixam encostar neles. A gente tem que ter calma e amor e tudo dá certo. Até o momento todos foram maravilhosos, dentro do seu estilo”, pontua.
E a fotógrafa diz que se tem uma lição que aprendeu com os pets, é ser mais humana e a procurar enxergar a inocência, já que eles quando gostam fazem questão de demonstrar isso.
“Eles são muito inocentes e precisam tanto de carinho e isso me faz refletir muito. Vejo que cada ser humano precisa de uma companhia e como eles suprem esse papel de companheiros, filhos, amigos. O amor deles é incondicional, sem medidas nem julgamentos”, enfatiza.
Márcia diz que pretende continuar usando o dom que Deus lhe deu para continuar fotografando pessoas, mas também para ajudar em exposições e fotografar aqueles animais que precisam ser adotados. “Não é só por questão financeira e nem mesmo porque está em alta. É porque é gratificante”, conclui.
SAIBA MAIS
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