Se você é um leitor que gosta de se ver nos personagens, se identificando em traços, sentimentos e atitudes diante dos desafios que todo ser humano enfrenta ou vai enfrentar em sua jornada, o livro “Cartas para Ninguém”, da jornalista e escritora cachoeirense Cláudia Sabadini é para você. O livro já pode ser adquirido em pré-venda no site da Editora Cousa até o dia dez de dezembro.
“Cartas para Ninguém” é o seu primeiro romance. Na obra, a escritora percorre as veredas do fluxo de consciência num momento, e dos monólogos interiores em outro, para a construção dos seus personagens.
Cláudia Sabadini enfatiza a importância da palavra na vida das pessoas e nos destinos do mundo, já que entende que não são as pessoas que mudam o mundo, mas as palavras.
A escritora crê que em cada página o leitor terá um espelho. Contudo, destaca que apesar desta jornada ser única e particular, não quer dizer que será percorrida solitariamente, já que finalizar um ciclo é sempre impactante na vida de todos.
“Ciclos emocionais, profissionais, de relacionamentos, de tudo que dávamos por infinito, e até mesmo o fim da vida, será sempre objeto de estudo, de pesquisa e de histórias para quem escreve e para quem lê. Para mim, enquanto autora, esse livro me ensinou, mais uma vez, que escrever salva e eterniza”.
“Escrever salva e eterniza”
A autora conta que Cartas para Ninguém começou a ser escrito em 2018. Era uma história guardada a partir de uma experiência que teve quando trabalhou na Editora Cachoeiro Cult.
“Atendi uma cliente que queria fazer um livro. Até então uma situação rotineira na editora. Porém, o que me tocou profundamente foi o fato da cliente estar enfrentando uma doença grave e, pressentindo sua partida, resolveu deixar suas memórias num livro. A cliente era a professora Yeda Soares, muito querida na área da Educação em Cachoeiro”, relata.
Cláudia Sabadini diz que a partir desta experiência e de outras observações do cotidiano, das vivências ao seu redor, e do processo de escuta que todo escritor tem, criou um roteiro em que personagens do passado e do presente sintonizam com a história de Bernardo, o autor das cartas.
“Eles acabam criando o grupo ‘Clube de Leituras de Cartas Anônimas’, e é durante esses encontros que acontecem boa parte das narrativas do livro”, esclarece.
A escritora diz que em 2020, com a pandemia, essa história passou a ficar mais forte porque todos lidaram diretamente com a morte.
“Acredito que o perigo iminente da contaminação também acabou por me influenciar nesta escrita. Afinal, lidar com finitudes sempre levam a gente a meditar sobre nossa vida e pensar em mudanças”, enfatiza
SAIBA MAIS
Cláudia Sabadini tem cinco livros lançados. Já escreveu “O Jornalismo Literário de Rubem Braga na Guerra” (2012); “Memórias de um Benjamim – a história do setor de rochas contada por um desbravador” (2013); “Zezinho — A Estrela Eterna do Sumaré” (2016); “Rochas do Espírito Santo — 60 anos fazendo história (2017); e “Invernos” (2019).