Andre Pedro Xavier do Amaral, de idade não revelada, suspeito do crime de falsidade ideológica, foi preso em flagrante em Mimoso do Sul após a audiência de custódia no dia quatro de novembro.
O mandado de prisão preventiva tem validade até o dia três de novembro de 2034, considerando o prazo prescricional, conforme determina textualmente a sentença da juíza Milena Souza Vilas Boas, da comarca de Mimoso do Sul.
Com as conseguia procurações, ele fazia empréstimo e prometia também a aquisição de casa própria e encaminhamento do processos de aposentadoria.
O prejuízo estimado é de R$ 100 mil e o acusado pode pegar até quatro anos de prisão. Apesar de ter sido preso em flagrante delito, o homem não tem ficha criminal.
Ele foi preso enquanto estava numa agência do Brasil com uma das idosas que enganou. Uma outra pessoa enganada por ele chegou, o reconheceu a o denunciou.
O gerente do banco, desconfiado, já tinha acionado um advogada amigo da vítima, uma senhora de 73 anos, para acompanhar o caso.
Na sentença, a juíza destaca que o homem é do Rio de Janeiro e há indícios de que engana idosos no estado vizinho. Com ele foram apreendidas uma carteira, tipo funcional, com o brasão da República e a inscrição Oficial de Justiça, além de diversos cartões bancários, anotações de contas de banco com a respectiva senha no nome de terceiros.
A juza destaca ainda, na sentença, que o homem não tem comprovação de residência, o que justificaria a prisão, já que não há garantias de que irá ser encontrado em futuras intimações.
O titular da Delegacia de Mimoso do Sul, Rômulo Carvalho Neto, não se manifestou sobre o número de vítimas que procuraram o local até o fechamento da matéria. Caso se manifeste, a matéria será atualizada.
Nunca estive numa delegacia, diz uma das vítimas
O trabalhador rural Élcio, de 63 anos, é uma das vítimas do estelionatário. O idoso conta que perdeu R$ 13 mil para o homem, que prometeu aposentá-lo.
Primeiro ele pagou R$ 8 mil, e depois mais R$ 5 mil, que o suposto procurador dizia ser para pagar a equipe que estaria atuando junto ao INSS.
Élcio destaca que ficou sabendo que tinha caído em um golpe no banco, quando foi convencido a ser avalista de outra vítima.
“Estes dias eu estava trabalhando e fui chamado para assinar como avalista de uma mulher que estava fazendo empréstimo. Ele falava que era desembargador. Eu sou pessoa de roça e não desconfiei. Estou muito assustado. Nunca estive em porta de delegacia”, relata.