Um morador de Mimoso do Sul, de 27 anos, está com febre maculosa. Ele é morador da comunidade de Pontões, no distrito de Conceição de Muqui. O resultado do exame foi divulgado nesta quinta-feira (20).

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o paciente foi medicado, passa bem e segue em recuperação, sem sinais de gravidade.

Mais sete pessoas da comunidade, inclusive a filha de dois anos e o irmão, estão sendo monitoradas pela Vigilância Epidemiológica do município.

Eliedson Morini, secretário de Saúde de Mimoso do Sul, diz que a equipe da Vigilância Epidemiológica está fazendo busca ativa em várias comunidades.

“As pessoas com casos suspeitos, inclusive a filha e o irmão do homem contaminado, cujo primeiro exame deu negativo, serão submetidas a nova testagem.

O alvo preferencial são as pessoas que trabalharam na mesma lavoura na colheita do café que o homem contaminado”, destaca o secretário.

A orientação de Morini é que qualquer pessoa que apresente febre, vômito e outros sintomas após passar por rios e lagos deverá procurar a Secretaria de Saúde.

Outra orientação é usar roupas claras e calçados fechados ao frequentar estes locais e outros em que seja frequente a presença de cavalos, capivaras e cachorros, para que o carrapato não pique e seja imediatamente visto e eliminado.

SAIBA MAIS

– O primeiro caso notificado de febre maculosa no município foi no dia três de outubro, quando  Wany Thomaz de Souza, 23 anos, residente da localidade Sossego, situada no distrito de Ponte do Itabapoana começou a apresentar os sintomas;

– Ela entrou no Hospital Apóstolo Pedro no dia 30 de setembro com febre alta, dores no corpo e prostração, inicialmente com suspeita de dengue hemorrágica. Ela morreu no dia cinco de outubro no Hospital Evangélico Litoral Sul. Wany havia sido picada no pé por carrapato;

– A Secretaria de Saúde abriu notificação para febre maculosa com coleta de material para exame sorológico no dia três de outubro. Vários carrapatos foram encontrados na residência de Wany durante a busca ativa;

– As ações da Vigilância Epidemiológica foram concentradas no PSF na semana do óbito, com a realização de abordagem a agente de saúde da localidade para investigação, processo de busca ativa da área da paciente e monitoramento dos familiares;

– No dia 11 de outubro, a equipe da Vigilância retornou ao distrito, realizando mais uma busca ativa na área para saber o possível local da transmissão e obteve informações dos familiares que a paciente disse que tinha ido à ilha dos pescadores de Ponte, mas outras pessoas da família garantiram que a vítima  nunca esteve lá;

– Outras informações são de que o marido da paciente trabalhava nesta localidade há apenas uma semana;

– Há suspeitas de que o cachorro que pertencia à família que acompanhava o marido para essas áreas pode ter transportado o carrapato para a residência da vítima;

– Na residência da vítima fatal foram encontrados vários carrapatos.