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Fotos: Conselho Tutelar

Menina autista vivia trancada e fazia suas necessidades em um balde em Guaçuí

redacao
Redação Dia a Dia

Um casal da zona rural de Guaçuí, na Região do Caparaó, é suspeito de manter uma adolescente de 14 anos em cárcere privado. A menina vivia trancada em um quarto e fazia suas necessidades em um balde.

A situação foi descoberta pelo Conselho Tutelar que foi até a residência da família depois de receber denúncia anônima pelo Whatsapp. A Polícia Militar também acompanhou a ação e ajudou a resgatar a adolescente.

Segundo a presidente do Conselho Tutelar de Guaçuí, Maria Emília Costa, a menina estaria sendo mantida em cárcere privado havia dois anos.

“A menina estava bem nutrida, era bem alimentada, mas o local não apresentava boa higiene”, ressaltou a conselheira.

O que chamou a atenção do Conselho Tutelar era que a menina vivia isolada do restante dos moradores da casa, onde residem também a mãe, o padrasto, o filho do padrasto de 12 anos, a irmã de três anos e um bebê de três meses.

A adolescente dormia num colchão velho sobre a cama. No quarto havia uma garrafa de água para a garota se hidratar e um balde, onde ela fazia suas necessidades. A comida era servida em um prato e a porta era fechada logo em seguida.

“A família, pela simplicidade, achava que estava fazendo o bem, porque a criança não conseguia socializar com todos, tinha medo de que ela fugisse ou algo pior. Mas infelizmente eles cometeram um crime, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente”, ressaltou Maria Emilia.

A adolescente foi retirada da residência pelo Conselho Tutelar e PM e entregue à família paterna em outro município, que não foi divulgado para preservar a vítima.

A Polícia Civil informou a mãe da menina foi encaminhada à 6ª Delegacia Regional de Alegre, onde foi ouvida e liberada após o autoridade policial entender que não havia elementos suficientes para lavrar um auto de prisão em flagrante naquele momento.

O laudo médico realizado não constatou lesões ou desnutrição na adolescente.

O caso foi encaminhado para a Delegacia de Polícia de Guaçuí, para uma melhor apuração dos fatos e está sendo acompanhado pelo Conselho Tutelar e pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas).

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