Diante de inúmeras manifestações de pais preocupados com seus filhos por causa da ameaça virtual da boneca Momo, a psicóloga clínica e especialista em psicologia intensivista, Renata Charra Vasconcelos, falou à reportagem do site Dia a Dia ES e esclareceu algumas dúvidas sobre como proceder caso o filho esteja assustado com boneca.
“Em primeiro lugar, a forma de prevenção que sempre foi recomendada é os pais acompanharem, até pelo menos os 10 anos, o que a criança está assistindo no computador ou tablet. É fazer do equipamento uma brincadeira em família”, disse.
Segundo ela, existem assuntos que devem ser abordados de acordo com a idade da criança, seja a cronológica quanto à maturidade. “Não adianta falar para uma criança de 2 anos sobre o suicídio porque ela não alcança o sentido dessa palavra. Então falamos a ela sobre os perigos, como sobre o fogo, os objetos cortantes e etc”, esclarece.
Uma criança um pouco maior, já chegando à pré-adolescência já começa a ter uma dimensão maior sobre a morte então o assunto já pode ser um pouco mais claro ao ser abordado.
Especificamente sobre a Momo, a psicóloga fala que a aparência da boneca é o primeiro ponto a ser observado a assustar a criança.
“Se, por algum descuido ela ficou assistindo sozinha e viu a boneca e agora está com medo, o mais importante é os pais acolherem esse medo e desmistificarem-no, promovendo um espaço para escutar a criança falar sobre o seu medo”, disse.
Ela recomenda usar essa situação como ferramenta para resgatar o vínculo e a proximidade com os pais. Em outras palavras, falar que a boneca não gosta de criança feliz e saudável. “Estar perto e próximo vai ser o mais importante com relação a essa boneca e tudo de ruim que a internet tem a oferecer.”, conclui.
Se os pais se sentirem inaptos para lidarem com questões tão delicadas, procurar uma ajuda profissional o quanto antes para não acabe se tornando um problema ainda maior.