O estoque de oxigênio acabou em vários hospitais de Manaus nesta quinta-feira (14) por conta da nova explosão de casos de coronavírus no Amazonas, levando pacientes internados à morte por asfixia, segundo médicos que trabalham na capital amazonense.
A situação é grave. Nesta quinta-feira, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, disponibilizou 30 vagas de UTI Covid-19 para receber pacientes do Amazonas.
O ES está disponibilizando 30 vagas de UTI-COVID para atender pacientes do Amazonas. Temos condições de recebê-los a partir desta madrugada. O momento exige solidariedade e união dos Estados em prol das vidas humanas.
— Renato Casagrande 40 (@Casagrande_ES) January 14, 2021
O governo federal informou que vai transferir pacientes para outros estados e pediu aos Estados Unidos um avião para transportar cilindros de oxigênio para o estado.
Nesta quinta, o Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), ligado à Universidade Federal do Amazonas (UFAM), ficou quatro horas sem o insumo no período da manhã. Equipes tiveram que ventilar manualmente pacientes internados em UTI.
Segundo um profissional de saúde ouvido pela Agência Estado, que não quis se identificar, o oxigênio acabou de madrugada, deixando as equipes de atendimento desesperadas. Por volta das 12h, o hospital teria recebido cilindros capazes de oferecer ajuda a pacientes por apenas duas horas.
De acordo com o governo estadual, até quarta-feira (13) à tarde, o Amazonas contabilizava 219.544 casos confirmados da Covid-19 e 5.879 óbitos, com 540 pacientes internados com a suspeita de terem sido infectados pelo novo coronavírus.
Toque de recolher
O governador do Amazonas, Wilson Lima, anunciou nesta quinta (14) novas medidas para tentar conter a disseminação do novo coronavírus (Covid-19) e o consequente aumento do número de casos no estado. Entre as restrições está a proibição da circulação de pessoas nas ruas de todo o Amazonas, das 19h às 6h.
O governo estadual também já começou a transferir pacientes diagnosticados com Covid-19 para hospitais de outras seis unidades da federação (Goiás, Piauí, Maranhão, Distrito Federal, Paraíba e Rio Grande do Norte) e recorreu à Justiça para que a empresa White Martins seja obrigada a fornecer todo o oxigênio hospitalar de que a rede pública de saúde do estado precisar.
Com informações do Estadão e Agência Brasil