A Prefeitura de Alegre promoveu na semana passada um chamamento público para formação de novo quadro social para que a Casa de Caridade São José não feche suas portas
A reunião ocorreu na terça-feira (26) no Ministério Público. Estiveram presentes o promotor de Justiça, Matheus Novaes Leme, o prefeito José Guilherme, demais integrantes do governo municipal e membros da sociedade civil organizada.
A reunião serviu para dar solução a um dos principais problemas do Hospital de Alegre, que não possuía quadro social, e consequentemente, não tinha um corpo de gestão administrativa.
“Prorrogamos o período de intervenção municipal, mas a situação é preocupante e a cada dia que passa, o município se vê sem condições de manter a instituição, sem prejudicar o andamento da máquina pública. Acreditamos que com o quadro social formado, poderemos eleger, com representantes que se prontifiquem, uma mesa diretora que coordene os próximos passos ditados pelo Ministério Público”, explica José Guilherme.
Das mais de 70 pessoas presentes na reunião, 50 manifestaram o interesse em participar do quadro de sócios-contribuintes da Casa de Caridade São José.
Com um valor simbólico de R$ 10,00, cada sócio terá também a responsabilidade de votar, em uma nova reunião a ser convocada, na formação de uma nova diretoria.
Foi dado um prazo de uma semana para que mais pessoas procurem se filiar no quadro de sócios da instituição, e se apresentem na próxima terça-feira (2), às 19h, na sede do Decolores, para uma nova reunião que definirá as diretrizes da eleição da nova diretoria.
Caberá a nova diretoria analisar e decidir sobre as propostas que virão a ser apresentadas a instituição. Os sócios escolherão, na próxima terça, a nova diretoria administrativa e o conselho fiscalizador.
Santa Casa de Cachoeiro
Por intermédio do pároco de Alegre, a Santa Casa de Cachoeiro se prontificou em estudar a situação da Casa de Caridade São José. O padre Enildo Genésio de Souza, justificou na reunião que a intenção é que aconteça com Alegre o mesmo que aconteceu com o Hospital de Castelo, que hoje, funciona sob a gestão da instituição cachoeirense.
“Nós queremos deixar claro que o contato com a Santa Casa é no intuito de levantar possibilidades de auxílio para o Hospital de Alegre, e sensibilizar a comunidade que nós precisamos nos unir”, ponderou o padre.
O promotor salientou que esta pode ser uma saída, e vê com bons olhos a possibilidade.
“A meu ver foi uma boa solução que se apresentou. Até um tempo atrás nós não tínhamos nenhum caminho a ser seguido. Como o Hospital está sem as certidões negativas, não há possibilidade de contratualização com o Estado e a manutenção dos serviços aqui ficaria inviável. Com uma possível vinda da Santa Casa de Cachoeiro, este problema poderia ser resolvido”, finalizou Leme.