O Projeto Territórios Sagrados, realizado através de edital Funcultura da Secretaria Estadual de Cultura do Governo do Estado, fará uma exposição fotográfica no Salão Levino Fanzeres na próxima segunda-feira (18).
A exposição fica em exibição até o dia cinco de agosto. O horário de funcionamento é das 9h às 15h, de segunda a sexta. A classificação é livre e a entrada franca.
A exposição apresenta um recorte do universo das culturas populares e tradicionais e exibirá fotografias e elementos típicos de povos tradicionais de matriz africana, que compõem o projeto Territórios Sagrados.
O objetivo do projeto é pesquisar e mapear espaços destinados a celebração da cultura afro-brasileira no município, traçando um panorama étnico socioeconômico através do levantamento de dados, geração de indicadores, e promovendo a geração de acervo coletivo.
Thatiane Cardoso, proponente do projeto, destaca que a pesquisa e o mapeamento são dedicados a valorização dos locais e seus representantes, que protagonizam este projeto, incentivando o respeito à diversidade
da população de Cachoeiro.
“Nosso desejo é que o que foi realizado aqui contribua para a perpetuação de uma cultura de paz”, enfatiza. Ela diz que considera o projeto muito importante pra nossa religião, pra nossa fé, nossa crença porque vai mostrar de várias formas nas fotos vários gestos de amor e de cuidado”, comenta Alda, Yia Lode de Ayra e mãe ekedi (cuidadora de um dos espaços visitados).
Além da exposição, o projeto lançará um site contendo registros de visitas realizadas, informações sobre os espaços e um formulário para que outros e novos locais, grupos, coletivos e comunidades tradicionais de matriz africana de Cachoeiro possam se cadastrar e integrar a plataforma.
Sarah Dalvi, produtora, diz que o público pode esperar por uma experiência visual e sensorial, de aproximação e demonstração de fé, tradição e cultura de uma significativa parcela dos povos de terreiro do município.
A fotógrafa Natássya Carvalho pontua que é um sonho a oportunidade de acessar e se envolver com as cores, sabores e saberes de antepassados, transmitidos de geração a geração. “A adaptação cultural ao
presente revela a resiliência e a força das raízes afro”, ressalta.