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Rombo milionário em clínica de Cachoeiro: duas versões bastante distintas

redacao
Redação Dia a Dia

Rombo milionário: o desvio de cerca de R$ 2 milhões de uma clínica de cirurgia plástica de Cachoeiro de Itapemirim. Mas, duas versões bastante distintas para o mesmo caso. De um lado, a empresa acusa uma ex-funcionária de desviar o dinheiro. Por outro, a mulher acusada garante que tudo não passa de uma armação e que está reunindo provas para limpar seu nome. O assunto tem gerado polêmica nas rodas de conversa da cidade.

A notícia inicial, recebida pela imprensa na semana passada, foi de uma ação policial na casa da ex-funcionária da clínica, suspeita de que estaria lesando o patrimônio da empresa desde 2020 quando teria assumido o departamento financeiro.

O advogado da clínica, Fábio Marçal, apontou então que as autoridades iriam seguir o caminho do dinheiro e investigar como a mulher “teria construído um imóvel tão caro no prazo de um ano, com salário de R$ 4 mil, como pagou aos fornecedores de materiais e serviços, quem está envolvido e todos os outros fatos que envolvem o esquema desse desvio milionário.

Porém, ao final da tarde desta terça-feira (12), a ex-funcionária entrou em contato com a nossa redação, assim como fez em outros veículos de comunicação, se identificou e pediu para contar a sua versão do fato.

Como o caso está ainda em fase de investigação, o Dia a Dia não citou na primeira matéria e nem irá informar, nesta reportagem, o nome da ex-funcionária ou da clínica.

Rombo milionário – versão da acusada

A ex-funcionária enviou um texto por WhatsApp em que relata que começou a trabalhar na clínica em 2018, mas somente em 2022 assumiu o financeiro. Portanto, dois anos depois do que apontam os acusadores. Ela destaca ainda que, embora tenha assumido o financeiro, as ações eram supervisionadas. “Sempre submetida à supervisão da esposa do médico que me acusa. Na época, assumi essas funções a pedido do médico, em razão de gravíssima dificuldade financeira pela qual a clínica passava”, conta.

A ex-funcionária afirma que se surpreendeu quando foi demitida por justa causa. “Não recebi mais explicações e fui indagada e intimidada em uma reunião já com advogado presente, sem poder sequer retornar à clínica para pegar pertences pessoais que lá ficaram”, apontou. A decisão dela então, foi entrar na Justiça. “Estava me preparando para reivindicar meus direitos trabalhistas, quando fui mais uma vez surpreendida no início deste mês com um mandado de busca e apreensão na minha casa. Foi quando tomei conhecimento do inquérito”, escreveu.

Em seguida, ela fala que está separando documentos que irão provar sua inocência. “Perdi completamente meu chão. Nunca imaginei que eles pudessem fazer isso, especialmente porque sabem perfeitamente que tudo o que está sendo dito é deslavada mentira. Após o choque e a tristeza, levei um tempo para erguer a cabeça e começar a separar documentos que pudessem provar minha inocência. Ao longo desses dias reuni várias provas, que mostram que as acusações são falsas, além de outros fatos graves, que não posso revelar agora para evitar prejuízos à minha defesa”.

Documentos

Ela acrescentou que os documentos estão nas mãos de advogados, que irão orientá-la sobre “o melhor caminho daqui para frente. E não apenas no campo criminal, mas também trabalhista e cível, pois os danos causados a mim, meu esposo e minha filha são irreparáveis. A mentira não pode prevalecer. Confio na justiça provarei que tudo não passa de mentiras para se proteger.”, destacou. Ela completa a nota falando sobre os motivos da acusação e apontando diversos pontos dessa acusação.

“Quanto aos motivos do que foi feito, é difícil entender como alguém pode ser tão sórdido e cruel. Sei que existe a intenção de proteger alguém da família do médico. Isso ficará mais claro no futuro. Além disso, a clínica devia dinheiro de empréstimo para meu esposo e para meu pai, além de um débito de mais de R$ 30.000,00 no cartão de crédito de meu esposo, que ficava na posse do médico e de sua esposa. Nada disso foi pago.

Não sou rica, mas sempre fui muito organizada, até mesmo pela minha formação em contabilidade. Além disso, o consultório também nunca foi minha única fonte de renda. Meu esposo tem ocupação estável e, principalmente graças aos rendimentos dele, fomos capazes de construir nossa casa. Sem contar que sempre tive a ajuda da minha família, que sempre teve condições de me dar o apoio necessário.

Ataques

Ela continua afirmando que foi muito atacada porque saiu a notícia de que apreenderam três carros e duas motos em sua casa: “Primeiro que são veículos simples, carros populares. Segundo que são o instrumento de trabalho de meu esposo, que, além de trabalhar com acessórios para veículos, já há anos trabalha também com a venda de carros usados. Inclusive, foi ele que vendeu um veículo IX35 para meu ex-patrão. O dinheiro que foi apreendido também estava na conta de meu esposo, e era usado para a compra de veículos. E o acusador ou acusadores sabem disso”.

A ex-funcionária afirma que “a denúncia, na verdade, não tem pé nem cabeça”. Ela ainda afirma: “como você pode entender que que seja verdadeira uma acusação de desvio de dois milhões de reais sem que ninguém percebesse, nem a gerente, esposa do médico, que sabia de tudo o que ocorria na clínica. Aliás, a clínica nunca nem teve esse fluxo”.

Por fim, ela afirma que irá provar que é inocente: “Não desejo a ninguém o que estou passando. Meu nome, fotos pessoais, imagens da minha casa e diversos absurdos estão há dias circulando na internet, sem que eu tivesse o direito de me defender. Confio na justiça e tenho certeza de que provarei que cada palavra que está sendo dita contra mim é falsa. Ditas por pessoas que a sociedade conhece bem pelo seu passado. Vou provar tudo isso com um grande volume de documentos autênticos que possuo”.

Rombo milionário – versão da acusação

No início da tarde desta quarta-feira (13), o advogado da clínica também enviou uma nota, apontando o posicionamento da acusação em relação ao posicionamento da ex-funcionária.

Assim diz a nota:

“Informamos que todos os documentos e provas referentes aos desvios, bem como à desorganização dolosa na gestão financeira da clínica estão dentro dos autos. Se mostra normal, apesar de repugnante, a maneira vil como alguém que, com abuso de confiança e provocando um caos financeiro de maneira ardilosa e no intuito de se locupletar, ataca as vítimas da mesma maneira que fez ao se colocar como uma solução à época que assumiu seu cargo de gestora financeira.

Finalmente, não há explicação plausível para nenhuma de suas afirmações. Inclusive, a reunião de sua demissão por justa causa está gravada em áudio e vídeo, momento em que a Sra. XXX se nega a devolver cheques em seu poder e equipamentos (em especial um maquinário de 50 mil reais que estava em sua residência no momento da busca e apreensão realizada pela polícia).”

O advogado escreveu ainda na nota que a Polícia Civil e o Ministério Público ratificaram todas as medidas tomadas pelas vítimas. Instituições “que representaram pelas medidas cautelares contra a suspeita, sendo elas deferidas pela Justiça”.

E a nota finaliza: “O mais espantoso é que, mesmo com um patrimônio adquirido recente em sua gestão de aproximadamente 2 milhões de reais, a acusada sequer juntou uma declaração de Imposto de Renda ou extrato bancário ou, ainda, origem legal de seus rendimentos. Estamos tomando todas as medidas legais para que a responsável responda não só pelos crimes patrimoniais que praticou, mas também pelos crimes contra a honra que vem praticando antes após o início das investigações”.

Confira a matéria inicial

Roubo milionário em clínica: e agora, o que acontece?

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