Soltar pipa é oficialmente uma atividade esportiva no Espírito Santo. A lei n° 12.035, de autoria do deputado Coronel Weliton, foi sancionada pelo governador Renato Casagrande e publicada no Diário Oficial de terça-feira (27).
A nova legislação também define regras específicas para garantir uma prática segura e organizada. Os entusiastas deste esporte passam a ser oficialmente reconhecidos como “pipeiros”.
Conforme a legislação agora em vigor, a atividade deverá ser realizada em espaços abertos, mantendo distância segura de redes elétricas e de telefonia para evitar acidentes.
Outra medida importante é a especificação de que as linhas das pipas sejam feitas exclusivamente de algodão e em cores que facilitem sua visualização, com o objetivo de minimizar riscos. Em outras palavras, a medida impede o uso de linhas chilenas ou o cerol.
A pipa, considerada um dos brinquedos mais tradicionais da cultura brasileira, tem sido um símbolo de socialização e lazer que atravessa séculos. Além de seus benefícios para a saúde, a atividade promove interação social entre pessoas de todas as idades. No entanto, a prática enfrentava desafios, principalmente devido ao uso perigoso de cerol nas linhas, uma preocupação de segurança pública que esta nova lei visa endereçar.
Segundo José Carlos Nunes, secretário de Estado de Esportes e Lazer, a legislação é um marco histórico que alinha o estado a outras regiões que já reconhecem a atividade como esportiva e organiza campeonatos.
“A soltura de pipa é parte integrante da nossa identidade cultural. Com esta regulamentação, buscamos incentivar a prática segura, preservando essa tradição e protegendo a comunidade”, afirmou Nunes, destacando os esforços para minimizar os riscos associados ao uso de cerol e promover a prática saudável do esporte.