Mais uma vez, a Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon) apreendeu nesta segunda-feira (2), cerca de uma tonelada de café, somando mais de 2 mil pacotes de três marcas.
O trabalho foi realizado em operação conjunta com a Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa (Ales). Os pacotes foram apreendidos durante a quarta fase da operação de combate ao comércio de cafés com irregularidades, realizada pela Decon.
Laudo do Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen/ES) aponta que as três marcas apresentaram umidade excessiva, mistura de milho e até mofo foram recolhidas das prateleiras de oito supermercados de Cariacica, Serra, Vila Velha e Viana.
Esta não é a primeira vez que a Decon apreende o produto adulterado nos supermercados, inclusive de Cachoeiro. Conforme a presidente da Comissão de Agricultura, deputada Janete de Sá, desta vez o foco da operação que combate a comercialização de cafés irregulares foi a umidade do produto.
“Apreendemos os cafés das marcas Liva (Tradicional e Extra Forte), Sol Poente e Caparaó Capixaba. Os três apresentam umidade entre 13,95 a 17.91%, sendo que o máximo de umidade permitido por lei é 5%. No café Sol Poente, foi encontrado indício de fungo por conta da umidade excessiva. No café Liva, a umidade varia de 13,90%, no tradicional, a 14,43%, no extra forte, e o produto traz na embalagem o selo de pureza da Abic”, relatou a deputada durante coletiva concedida à imprensa.
Ainda de acordo com a parlamentar, o café Caparaó Capixaba, que traz a informação de café especial no rótulo, teve a maior umidade registrada, além da presença de milho torrado, o que caracteriza fraude. “O fabricante do Café Caparaó é reincidente, porque é também fabricante do Café Pedigo, que já foi apreendido por irregularidades no ES”, completou a presidente da Comissão de Agricultura.
Operações
Desde o início do ano já foram realizadas quatro operações no Estado, sendo apreendidas mais de 80 toneladas de cafés irregulares de 10 marcas.
O próximo passo da operação é dar ciência à Associação Capixaba de Supermercados (Acaps) para que os produtos irregulares possam ser retirados de comercialização. O consumidor que comprou algum desses produtos e se sentir lesado deve procurar o estabelecimento comercial para troca ou ressarcimento.