Até o dia 17 de julho, 2.554.625 pessoas foram vacinadas contra a covid-19 no Espírito Santo. Desse total, 1.847.909 receberam a primeira dose, 623.375 a segunda e 83.341 receberam a dose única da vacina Janssem, informa o secretário de Estado da saúde Nésio Fernandes.
Ele diz que ainda há uma longa jornada, mas que em seis meses todos os capixabas serão vacinados com 1ª e 2ª doses contra a Covid-19.
Estima também que até o final de 2022 haverá atualizações tecnológicas nas vacinas e reforço de doses na maioria delas e que a posição do Plano Nacional de Imunização de ampliar os prazos da primeira e segunda doses da Pfizer e e da AstraZeneca para 12 semanas foi acertada.
“Isso garantiu ampla cobertura de doses com eficácia superior a 60% para os grupos prioritários e na população com maior mortalidade pela doença”.
Mesmo com todo o empenho para gerir a pandemia, Nésio Fernandes destaca que o Espírito Santo ainda está tratando de controlar a morbimortalidade.
“Com as vacinas disponíveis controlaremos radicalmente as internações e óbitos”, ressalta.
Fernandes pontua ainda que é preciso repetir o que tem dito ao longo da pandemia: que a vacinação é estratégia coletiva, principal medida de prevenção primária capaz de controlar a Covid-19.
Ele destaca que é preciso compreender, principalmente, que num cenário de controle da morbimortalidade, cada vez mais recairá sobre a sociedade e o indivíduo a responsabilidade do livre arbítrio.
” A conscientização no uso disciplinado das máscaras e evitar atividades e comportamentos de risco são fundamentais”.
Desta forma, reforça ele, o que determina o sucesso da política é a plena cobertura vacinal e não a eficácia individual prometida em bula.
O secretário diz ainda que as novas cepas tenham “escape parcial” da eficácia das vacinas disponíveis, ainda que derrubem para 40% a eficácia das mesmas, com plena cobertura vacinal o êxito seria alcançado no controle da morbimortalidade.
Nésio Fernandes ressalta, contudo, que o vírus com menor letalidade continuará circulando e que se não ocorrerem grandes novidades, a vacina da AstraZeneca deve consolidar-se como a principal vacina do SUS.
“Com os dados de hoje, a vacina produzida pela Fiocruz possui a melhor relação custo-efetividade entre as diversas opções disponíveis. Desta maneira o maior desafio é em 2021 alcançar plena cobertura vacinal com o catálogo de vacinas disponíveis”.
Nésio Fernandes elogia também o SUS, que segundo ele garantiu as melhores estratégias para a saúde coletiva.
“As diversas polêmicas do momento são justas e merecem um reconhecimento: todos querem acertar e apontar o melhor caminho para superar essa noite escura. ‘Na multidão de conselhos há sabedoria’”.
E conclui: não temos fortes evidências de que as novas cepas apresentem grande escape vacinal, até o presente momento as vacinas disponíveis possuem eficácia satisfatória para enfrenta-las, no entanto, precisamos de plena cobertura vacinal, incluindo a vacinação de adolescentes.