Uma força tarefa envolvendo agentes da Vigilância Sanitária Estadual, do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) e da polícia vai inspecionar açougues e supermercados com o objetivo de combater a venda de carne clandestina.
O objetivo da ação, segundo o presidente do Idaf, Mário Louzada, é coibir os furtos e abates clandestinos de gado, uma reivindicação de lideranças do setor agrícola que pede ações para combater crimes na zona rural.
O furto de gado é uma dor de cabeça para produtores rurais. Em dois meses, proprietários de Ecoporanga, no Norte do Estado, perderam 15 animais. Na maioria dos casos, o gado é abatido e desossado no pasto mesmo.
Em Presidente Kennedy, os furtos de gado revoltaram um morador da região que espalhou cartazes ameaçando de morte “ladrões, compradores diretos e indiretos”.
A medida anunciada pelo Idaf é resultado de reunião da Federação da Agricultura do Espírito Santo com o governador Renato Casagrande no dia 10 de janeiro.
“Levamos a nossa grande preocupação e o desejo de que o governo pudesse intensificar com o seu sistema de segurança o combate ao crime na zona rural”, disse o vice-presidente da federação, Wesley Mendes.
Durante o encontro, a federação levou às mãos do governador a proposta de criação de um plano estadual de segurança rural, visando definir políticas públicas dedicadas ao setor do campo.
Criado Comitê de Segurança Rural
A partir do primeiro encontro com o governador, a federação voltou a se reunir com lideranças do estado e, juntos, criaram, nesta segunda-feira (24) o Comitê de Segurança Rural com representantes da Secretaria de Segurança Pública (Sesp), Secretaria de Agricultura, do Idaf e produtores rurais.
“Hoje não temos nenhuma dedicação especial das forças de segurança para combate ao crime na zona rural. A partir de agora temos a esperança que a gente consiga viver um momento novo no Espírito Santo”, disse Wesley.
O presidente do Idaf apoiou a iniciativa de criar o comitê.
“Ali nós vamos discutir temas, com medidas práticas e rápidas para, de forma efetiva, diminuir a violência no campo”, disse Mário Louzada.
Dentre estas ações está o combate ao roubo de gado. “O roubo de gado está diretamente relacionada à venda clandestina de carne que ocorre através do comércio, como açougues, supermercados e redes de supermercados”, explicou Louzada.