O lockdown que teve início esta semana no Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim e no Hospital Evangélico Litoral Sul, em Itapemirim, suspendeu as visitas aos pacientes nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Mas a tecnologia está ajudando a aproximar pacientes internados e suas famílias durante este período.
Para isso, as informações diárias sobre os casos clínicos passaram a ser transmitidas pela internet através do aplicativo Zoom.
De acordo com o coordenador das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), o médico intensivista Marlus Muri Thompson, o atendimento funciona da seguinte forma: primeiramente a família do paciente precisa cadastrar um número de celular que terá a autorização de entrar no Zoom, comunicando à secretaria da UTI onde o seu familiar está internado. De posse do número cadastrado, diariamente o hospital irá enviar o link de acesso apenas para o celular autorizado pela família. A partir daí, às 11 horas, em Cachoeiro, e às 12h30, em Itapemirim, o celular cadastrado poderá pedir o acesso ao programa.
A equipe médica de posse de todos os números registrados, fará a conferência no momento da entrada e irá habilitar a entrada de apenas uma família por vez, transmitindo as notícias e permitindo eventualmente até um contato remoto com seu familiar se a situação permitir. Segundo o hospital, tudo é feito de forma a garantir a privacidade das partes.
Para aquelas pessoas que não possuem celular ou não possuem entendimento tecnológico necessário, o hospital vai providenciar um local apropriado com um equipamento para que elas recebam as informações, como todas as demais pessoas.
A suspensão de visitas aos pacientes faz parte do lockdown implantado pelo Hospital Evangélico em suas duas unidades e objetiva conter o avanço do coronavírus. Em Cachoeiro, a medida vale até o dia 12 de junho, podendo ser prorrogada. Já em Itapemirim, não há prazo para término.
Método de transmissão
O método de transmissão de informações começou a ser utilizado na terça-feira (26), tanto no Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim quanto no Litoral Sul. Segundo Marlus Thompson, teve boa aceitação pelos familiares.
“Desta forma visamos reduzir os impactos aos familiares que não poderão visitar seus pacientes durante a pandemia de Covid-19”, disse.
A meta é conseguir enviar imagens do paciente para a família enquanto o médico transmite as informações, amenizando a saudade e a angústia.
Rayana Scharra, que está com o pai internado em uma das UTIs do Hospital Evangélico, aprovou a iniciativa. “Claro que não é a mesma coisa de estar lá presente podendo falar com meu pai. Mas entendo a situação, e vai passar rápido”, disse.