A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Castelo, elucidou um caso chocante de tortura, cárcere privado e tentativa de homicídio que ocorreu em novembro de 2022, na cidade de Castelo. Como resultado das investigações, cinco pessoas foram presas, sendo quatro homens e uma mulher, enquanto outra suspeita ainda continua foragida.

A investigação teve início após a vítima, uma mulher de 28 anos na época, comparecer à delegacia após receber alta hospitalar. Acompanhada do pai e visivelmente traumatizada, a vítima relatou aos investigadores, com detalhes assustadores, o que havia ocorrido.

Ela foi ameaçada e torturada, sendo forçada a entrar em um carro e levada até Cachoeiro de Itapemirim, onde seu companheiro teria “penhorado” um veículo furtado em troca de drogas com um dos envolvidos no crime.

O delegado titular da Delegacia de Castelo, Estêvão Oggione Leite, explicou que, após retornarem a Castelo, um dos suspeitos atirou na cabeça da vítima.

No entanto, em um ato de sobrevivência, a mulher fingiu estar morta, o que a possibilitou escapar em um momento de descuido dos agressores e pedir ajuda, o que foi fundamental para identificação e prisão dos suspeitos.

Após uma análise minuciosa das circunstâncias e das provas colhidas no inquérito policial, o Ministério Público apresentou a denúncia e solicitou a prisão preventiva dos suspeitos, que incluíam três homens e duas mulheres, além da internação de um menor de idade, apontado como o pivô da ação criminosa.

Os mandados de prisão foram expedidos pelo Juízo da Comarca de Castelo.

Durante o cumprimento dos mandados, um dos suspeitos, de 28 anos, já estava preso em outra investigação por tráfico de drogas, associação criminosa e posse ilegal de arma de fogo.

Outro envolvido, um adolescente que agora tem 19 anos, também já estava detido por crimes semelhantes. Com o apoio da Polícia Militar, a Polícia Civil cumpriu os mandados contra os outros três suspeitos, de 21, 23 e 24 anos.

“Uma acusada ainda está foragida, mas diligências estão sendo realizadas diariamente para localizá-la e prendê-la. Quando capturada, ela será encaminhada ao presídio, onde todos os outros envolvidos já estão à disposição da Justiça,” concluiu o delegado Estêvão Oggione Leite.