“Nem sei até onde iria e o que ao certo eu  faria pela felicidade do meu filho. Mas certamente faria algo que nunca fiz por ninguém”. As palavras são do marceneiro João Cézar Ferreira, 37 anos, morador de Cachoeiro, pai de Théo, que completa quatro meses no próximo dia 26.

Ele conta que sua vida mudou, e que viver seu primeiro Dia dos Pais é uma sensação inexplicável, muito boa como ele nunca tinha imaginado.

Mas nem tudo é só alegria. Existem também as preocupações, e João Cézar conta a sua: “minha maior preocupação é errar como pai e das coisas ruins deste mundo”, frisa.

Quanto aos que como ele escolheram ser pai, dá um conselho: “meu conselho é que se pretendem ser pai, se organizem e vão em frente. Não há do que se arrepender”, reforça.

E mesmo com tão pouco tempo de paternidade, já tem uma recomendação aos papais. Que passem o maior tempo possível ao lado dos filhos. “Isso é importante porque nunca sabemos o dia de amanhã”, frisa.

 

Adoção, gesto de amor muito necessário

 

 

Outro pai que fala da sua experiência é o produtor rural Heleno da Silva Leite, 47 anos, de Mimoso do Sul. Ele conta que a paternidade foi uma realização na sua vida.

“Minha mulher já tinha três filhos que considerava meus também. Mas após 10 anos de casados, em 2015, tivemos a grata surpresa da vinda de Flávio Pedro, nosso filho caçula”, enfatiza.

Heleno conta que o bebê chegou às suas vidas com sete dias de nascido, no meio do mandato de prefeita da esposa Flávia Cysne.

“Enfrentamos o desafio da adoção de um recém nascido, e no ano seguinte, iniciamos o processo de adoção dos irmãos de sangue do nosso caçula, Victória, Talita e Calixto, com 11,  10 e nove anos respectivamente”, relata emocionado.

E esse paizão que escolheu os seus filhos também tem uma mensagem aos papais, para que busquem o caminho da paternidade.

“Mas não apenas para ter o título de pai. Paternidade é responsabilidade, dedicação, renúncia, paciência. É preciso ter tempo de qualidade e a certeza que estamos formando pessoas para serem cidadãos. Para que contribuam para um mundo melhor”, pontua.

Se existem desafios na paternidade? Com certeza. E Heleno fala quais sãos os seus. “O maior desafio é ter as nossas necessidades pessoais  atendidas, de vez em quando. Depois que somos pais sempre colocamos os filhos na frente de tudo. E as vezes nos sentimos os últimos da fila, mesmo”, destaca sorrindo.

Heleno Leite faz questão de ressaltar a necessidade de mais casais valorizarem a adoção, uma atitude muito necessária, no seu entendimento.

“Das crianças que vão para os abrigos, 95% acima de 5 anos não são adotadas. Só saem após a maioridade. E a experiência da adoção é maravilhosa. Todos deviam tê-la”, conclui.

 

Amor de pai como herança de família 

 

 

O motorista de aplicativo e presidente da Amasul, que representa a categoria no Sul do estado, Ronaldo Xavier, tem 54 anos e dois filhos, um de 24 e um de 29 anos, ambos casados. Lembra que sempre teve bons exemplos de seus pais, principalmente sobre respeito e honestidade.

“Sempre honrei meu pai e apesar das dificuldades que o tempo traz de geração em geração, não medi esforços em transmitir aos meus filhos bons exemplos e posso dizer que me orgulho deles, vez ou outra ouço eles lembrarem dos bons momentos e aprendizados que querem levar adiante aos filhos e netos”.

Ronaldo conta que será avô, e que receber a notícia foi algo indescritível. “Passa um filme, uma volta ao passado com todas as alegrias vividas. Vou me dedicar a ser o mais babão dos avôs”, ressalta sorrindo.

E nesse Dia dos Pais, deixa uma mensagem aos filhos. ” A vida é um misto de aprendizado todos os dias, aproveitem cada momento, vivam com dignidade, sorriam e sejam felizes.Obrigado por existirem em minha vida”.

 

Amor sem medidas

 

Val Thomaz é filha de Antônio Thomaz, 82 anos, que teve mais sete filhos. Hoje ele enfrenta alguns problemas de saúde, mas recebe todo o afeto da família.

Val diz que o cuidado não é apenas por gratidão. É por muito mais que isso. “Envolve amor. A gente nem faz pensando em só agradecer o que ele fez, mas em cuidar e fazer o melhor porque a gente o ama”, destacou.

Segundo ela os filhos se reunirão para o almoço neste domingo. “Mas almoço especial para ele é frango assado de padaria que ele ama”, relata.

Segundo Val Thomaz, o pai é cuidadoso com os filhos e filhas até hoje. “Abençoa antes de irmos para o trabalho, fala do comprimento das nossas roupas. Essas coisas de pai mesmo”, conta sorrindo.

Então, se há motivos de sobra para comemorar é pela vida do pai. E celebrarão esse dia com muita alegria, porque “”seo” Antonio Thomaz merece, destaca a filha.

O jornal Dia a Dia deseja a todos os pais um dia abundante de amor e cuidado.