A mãe da menina de 12 anos que foi agredida por ter se recusado a passar cola durante uma prova na escola estadual Polivalente Coronel Borges contou que ela quer trocar de colégio.
Segundo a mãe, que pediu que ela e a filha não sejam identificadas, a ideia de mudar de escola acontece depois que a menina foi cercada depois da aula por 10 estudantes.
A estudante recebeu socos, chutes e puxões de cabelo na sexta-feira da semana passada e nesta terça-feira (22). A mãe da estudante conta que a briga começou dentro da unidade de ensino depois que a filha se recusou a passar cola para as colegas.
“Ela só chora, não sai de casa. Conseguimos uma vaga numa escola particular, mas ela ainda não está matriculada”.
As estudantes, segundo a mãe, alegaram que a jovem estava debochando e teria dito que, se elas quisessem tirar boa nota na prova, deveriam ter estudado”.
A mãe diz que para surrar sua filha, dez meninas se juntaram. “Falaram que minha filha estava debochando, falando para elas estudarem mais para conseguir notas”.
Em conversa com a direção da escola, a mãe disse que foi informada que quatro alunas que participaram da agressão foram expulsas, mas soube que as outras seis ainda permanecem na escola.
Ela, então, solicitou a convocação de uma reunião com os responsáveis pelas estudantes, mas o pedido teria sido recusado pela diretora. “Registrei ocorrência na polícia. Elas criaram uma página para difamar e falar mal da minha filha”.
Em nota enviada à reportagem, a Secretaria de Estado da Educação (Sedu) explicou que as medidas cabíveis foram tomadas, conforme o Regimento Escolar.
A Polícia Militar informou que o Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes) recebeu informações de agressões praticadas por alunos de uma escola a uma menina. No local, a equipe soube que as envolvidas já tinham ido embora. Elas não foram encontradas.
Já a Polícia Civil revelou que um boletim de ocorrência foi registrado e que o caso segue na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente e Idoso (DPCAI). Ainda segundo a Polícia Civil, a menina fez exame de corpo de delito.
O Conselho Tutelar de Cachoeiro de Itapemirim revelou que acompanha o caso e que não divulgará, por enquanto, informações.