Localizado entre as Praias da Colônia e da Areia Preta, o quiosque Catedral do Samba é um velho conhecido do público veterano de Marataízes.
O local é o ponto de encontro de músicos, jornalistas, intelectuais e boêmios em geral. Lá o ano todo é carnaval, todos os finais de semana tem música ao vivo e não é qualquer música, pois o público que frequenta o quiosque é exigente.
Mineiro de Conselheiro Lafaiete, Aníbal Andrade, 67 anos, Marataízes há 14 anos. Músico profissional, ele já tocou em transatlânticos quando vivia de música em Barcelona. Mas, no catedral ele não cobra para tocar.
“O catedral é nossa casa. Aqui eu só toco de graça. O mar é o terreiro e o Catedral a nossa casa”, confessa o veterano.
No começo o Catedral do Samba funcionava como uma confraria, fundada pelo músico cachoeirense Raul Sampaio e companheiros como Adilson Torres, Joel do Bandolim e outros que inclusive já se foram, como Loé e Ronilson.
Outro confrade é o artista plástico Marcelo Penedo que fez os quadros em mosaico, um clássico do lugar.
Quem toma conta do local há sete anos é a advogada Maria Aparecida Dardungo Sandomingo, de 72 anos e seu marido. Ela conta que na época da Confraria ela já frequentava o quiosque, preparava tira- gosto e foi a primeira mulher a ser aceita no grupo.
“Aqui é a casa de todos, fazemos de tudo para que se sintam em casa. A porta fica aberta, eles pegam cerveja no freezer, não tem cerimônia. E vão fazendo do catedral mais que um bar, mas um conceito” acrescentou Cida.